Incêndio destruiu três casas noturnas na Espanha
Bombeiros de Murcia/AFP - 01.10.2023As 13 pessoas que morreram no incêndio de domingo (1º) passado em três casas noturnas da cidade de Múrcia, no sudeste da Espanha, são todas latino-americanas, segundo confirmaram nesta quarta-feira à Agência EFE fontes oficiais.
Entre eles estão três colombianos, cinco nicaraguenses e aparentemente muitos outros do Equador, embora as mesmas fontes não tenham podido especificar o número destes últimos porque ainda estão sendo realizados os trabalhos de identificação.
O incidente, que também deixou 24 feridos, começou em uma das instalações do complexo Atalayas, uma área popular de Múrcia, onde dividem espaço dezenas de discotecas, estabelecimentos de fast food e casas noturnas, sem que até agora se saiba o que originou a tragédia.
As chamas se espalharam rapidamente pelas duas casas noturnas adjacentes, uma delas frequentada pela comunidade latina.
Os restos mortais dos falecidos ainda não foram entregues às suas famílias, embora todas as autópsias já tenham sido realizadas. O próximo passo agora é comparar o DNA das vítimas com o fornecido pelos seus familiares no Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Madri.
Duas das discotecas envolvidas no incêndio não tinham licença municipal e estavam sob ordem de cessação de atividade desde janeiro de 2022.
Apesar disso, o proprietário da La Fonda Milagros, o colombiano Juan Esteban Ramírez, garantiu não ter conhecimento da notificação de fechamento.
Um tribunal de Múrcia abriu ontem processos relativos a 13 crimes de homicídio doloso, puníveis com penas de entre 1 e 4 anos de prisão, em um caso em que a prefeitura pediu para participar como “acusação particular” para “apurar todas as responsabilidades de qualquer espécie”.