O ex-presidente da Nissan deixou o Japão no dia 29 de dezembro do ano passado
Issei Kato/Reuters - 06/03/2019O Ministério Público da Turquia acusou sete funcionários de uma companhia aérea privada de ter ajudado o ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, a fugir do Japão para o Líbano, em dezembro do ano passado, através de um aeroporto em Istambul. O Japão acusa Ghosn de crimes financeiros no país.
Quatro pilotos e um executivo da companhia aérea privada MNG foram acusados de "tráfico de migrantes", segundo o jornal turco "Sabah", que nesta segunda-feira (11) teve acesso ao mandato do promotor.
Os suspeitos foram presos no dia 2 de janeiro durante a investigação do caso e continuam detidos preventivamente. Dois outros suspeitos, dois comissários de bordo, foram acusados de encobrir o crime.
Segundo a acusação do Minisério Público, os pilotos estavam cientes de que o ex-executivo da Nissan e discutiram o assunto em uma conversa no WhatsApp.
O documento também revela que o gerente da companhia aérea recebeu um depósito bancário significativo de origem desconhecida no mesmo dia em que Ghosn passou por Istambul.
O ex-presidente da Nissan, que também tem nacionalidade francesa e libanesa, deixou o Japão no dia 29 de dezembro de 2019, a partir do Aeroporto Internacional de Kansai, e a bordo de aviões particulares viajou primeiro para a Turquia e depois para o Líbano.
Ele entrou no Líbano com um passaporte francês e uma carteira de identidade libanesa, de acordo com o que as autoridades do país árabe relataram na época.