Em meio ao surgimento de diversas denúncias envolvendo abusos contra crianças na Igreja Católica nos últimos anos, o Vaticano emitiu um documento que determina que bispos recém-nomeados não precisam "necessariamente" comunicar acusações de abuso infantil clerical às autoridades.
O texto, emitido recentemente pelo Vaticano, determina como os membros mais importantes do clero devem lidar com denúncias de abusos.
Segundo o documento, a decisão de denunciar os abusos à polícia deve ser responsabilidade apenas das vítimas e de suas famílias. O Vaticano enfatiza que "o único dever do bispo é de abordar tais alegações internamente" — embora a igreja afirme que os membros do clero devem estar cientes das leis locais.
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"De acordo com as leis civis de cada país em que a notificação (às autoridades) é obrigatória, não é necessariamente dever do bispo denunciar suspeitos às autoridades, a polícia ou a promotores estaduais sobre crimes ou atos pecaminosos", afirma o documento.
Segundo informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian, as diretrizes teriam sido escritas pelo controverso monsenhor e psicoterapeuta Tony Anatrella, que atualmente trabalha como consultor do Conselho Pontifício para a Família da Igreja Católica.
Os detalhes do documento foram relatados por John Allen, editor associado de um portal especializado em notícias relacionadas à Igreja Católica.
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