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Venezuela denuncia EUA na COP20 por produção de petróleo de xisto

Internacional|Do R7

Caracas, 10 dez (EFE).- O chanceler da Venezuela, Rafael Ramírez, disse nesta quarta-feira em Lima, a capital do Peru, onde acontece a Conferência das Partes sobre a Mudança Climática (COP20), que seu país denunciou os Estados Unidos neste evento pela produção de petróleo de xisto, uma atividade que está causando um "desastre ecológico". "Nós estamos denunciando nesta conferência a produção de petróleo de xisto através da fratura hidráulica ('fracking') como um desastre ecológico", disse Ramírez em entrevista ao canal regional "Telesur", que tem sede em Caracas. O ministro venezuelano argumentou que os EUA estão produzindo "bastante petróleo, mais de 1 milhão de barris neste ano", utilizando a fratura hidráulica, "uma técnica devastadora para o meio ambiente", e está poluindo seu próprio território. Ramírez comentou que durante a reunião sobre mudança climática que acontece em Lima, "o representante dos Estados Unidos se retirou" do encontro após argumentar, supostamente, que seu país já tinha feito anúncios sobre questão do clima. Em relação à queda do preço do petróleo nas últimas semanas, que é atribuída pelo o governo da Venezuela à "inundação" do mercado por causa do petróleo de xisto, o chanceler afirmou que seu país acredita que o barril de petróleo voltará a ter "o preço aceito pelos consumidores e produtores" que é de US$ 100, em média. O presidente venezuelano disse na quarta-feira que o preço do barril está próximo de US$ 58 e que seu país está fazendo "de tudo" para conseguir sua recuperação, o que foi reforçado por Ramírez. "Na última conferência da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi estabelecido que vamos monitorar de perto a evolução dos preços do petróleo, sobretudo no primeiro trimestre do ano 2015", disse o chanceler. Ramírez adiantou que caberá à Nigéria, como presidente da Opep em 2015, convocar uma reunião extraordinária, se for necessário e segundo a evolução dos preços do barril. "Estamos convencidos, por experiências anteriores, que uma queda acentuada nos preços do petróleo não convém a ninguém", disse. Acredita-se que o aumento da produção de petróleo de xisto pelos EUA, assim como as incertezas sobre a crise na Europa e a desaceleração do crescimento da China, pressionaram o preço do petróleo para baixo nos últimos meses e, consequentemente, as contas dos países exportadores como a Venezuela. EFE nf/rpr

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