Votação sobre Palestina começa na ONU e pode decidir futuro da região
Líder palestino diz que reconhecimento é "a última chance de salvar a solução de dois Estados"
Internacional|Do R7, com agências internacionais
Enquanto milhares de palestinos saíram às ruas para pedir a aprovação do Estado da Palestina na assembleia geral da ONU, nesta quinta-feira (29), o Mahmud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) discursava em Nova York em defesa da causa, afirmando que esta é a última chance de salvar a solução de dois Estados.
Entre os países que devem apoiar a formalização do Estado palestino, está França, Espanha e a Suíça. Já EUA e Israel criticaram votação e devem brigar para que resolução não tenha efeito prático.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu formalmente nesta quinta-feira que os dirigentes israelenses e palestinos "retomem o processo de paz", paralisado há dois anos.
Ban fez essa declaração poucas horas antes da votação na Assembleia Geral das Nações Unidas de uma solicitação palestina para obter o status de estado observador não-membro.
"O que é necessário agora é vontade política e coragem", afirmou Ban durante um discurso no Comitê sobre os Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, na presença do presidente palestino, Mahmud Abbas.
Manifestações populares
Dezenas de milhares de palestinos tomaram as ruas de Gaza nesta quinta-feira (29) para mostrar seu apoio à mudança de status da Palestina na ONU ao de "Estado observador não-membro", em um incomum respaldo à Autoridade Nacional Palestina (ANP) liderada em Ramallah por Mahmoud Abbas.
A maioria dos que saíram à rua eram seguidores do Fatah, o partido de Abbas, que levavam bandeiras amarelas e fotos do presidente no maior desdobramento público desta facção desde que o movimento islamita Hamas tomou o poder na Faixa em 2007.
Muitos viajaram à Cidade de Gaza em ônibus de distintas cidades e povoados da Faixa e se reuniram ao longo do dia na Praça do Soldado Desconhecido, no centro da cidade.
"Estamos aqui não só para celebrar a vitória diplomática na ONU, mas também para celebrar a unidade de todas as facções palestinas liberais e islâmicas", disse Faisal Abu Shahla, um dos líderes do Fatah em Gaza.
Segundo ele, as marchas "celebram a vitória do estabelecimento do Estado palestino independente liderado por Mahmoud Abbas.
Apoio em popular Israel
Cerca de 300 pessoas se concentraram nesta quinta-feira na frente do Salão da Independência, em Tel Aviv, para expressar seu apoio ao pedido da Palestina para ser reconhecida como Estado observador da ONU.
O ato, organizado pelo partido pacifista Meretz, o esquerdista Hadash e movimentos pacifistas tenta mostrar que a iniciativa palestina, que será votada, e previsivelmente aprovada, nesta noite na Assembleia Geral da ONU reunida em Nova York, é também interesse de Israel.
Os ativistas gritavam slogans como "O Estado palestino é um interesse israelense" ou "Israel diz sim", informou o site do jornal "Yedioth Ahronoth".
"O que ocorre hoje é histórico para o povo palestino e para nós. Se optamos por um futuro, temos que ajudar os palestinos a construir seu estado", declarou ao site Uri Avneri, ex-deputado de esquerda.
A cantora árabe-israelense Mira Awad se apresentou no ato e mostrou seu apreço pela iniciativa liderada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e criticou a majoritária atitude israelense de "rejeitar inexplicavelmente que se dê uma oportunidade para o povo palestino".
Alon Liel, que foi diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores israelense durante o processo de paz de Oslo, sustenta que "a iniciativa de Abbas é um fato histórico que mudará as regras do jogo".
À frente de uma nova iniciativa denominada "29 de Novembro de 2012", Liel elaborou com o resto de grupos e organizações pacifistas um manifesto para ser lido durante a concentração, que acontece na frente do edifício no qual o fundador de Israel, David Ben Gurion, proclamou a independência do Estado judeu em 14 de maio de 1948.
"Nós, cidadãos israelenses, judeus e palestinos, apoiamos a iniciativa de Abu Mazen (nome de guerra de Mahmoud Abbas) para elevar o status da Palestina nas Nações Unidas, e exortamos o estabelecimento imediato de um Estado palestino nas fronteiras de 1967", declara o manifesto.
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