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Acordo com a Vale pode financiar obra contra enchente em BH

Governo de Minas vê "possibilidade" de incluir, no acordo, obras para diminuir efeito de enchentes na avenida Tereza Cristina

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Avenida Tereza Cristina é um ponto de alagamento frequente em Belo Horizonte
Avenida Tereza Cristina é um ponto de alagamento frequente em Belo Horizonte Avenida Tereza Cristina é um ponto de alagamento frequente em Belo Horizonte

O Governo de Minas considera custear obras contra enchentes na avenida Tereza Cristina, em Belo Horizonte, com parte dos R$ 37 bilhões que a mineradora Vale pagará pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, na região metropolitana. 

A possibilidade foi levantada pelo superintendente da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), Henrique Castilho, em entrevista à RecordTV Minas nesta segunda-feira (8) e confirmada pelo secretário-geral do Estado, Mateus Simões (Novo). 

De acordo com o secretário, a hipótese é tratada como possibilidade, embora ainda não haja definição sobre o assunto. Simões, no entanto, deixa claro que a palavra final é do Governo de Minas. 

— Não há ainda definição nesse sentido, em que pese ser uma possibilidade. 

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O Executivo estadual tem dialogado com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e de Contagem, na Grande BH, para tentar achar uma solução para o problema. Neste fim de semana, um trecho de 1,5 km da avenida Tereza Cristina foi novamente destruído após o transbordamento do ribeirão Arrudas. A cheia resultou em enchentes, que são comuns na região

De acordo com Castilho, o problema na região é o córrego Ferrugem que vem de Contagem e deságua no ribeirão Arrudas bem na altura da avenida Tereza Cristina. Segundo ele, a Prefeitura de Belo Horizonte está entregando obras na região, mas é preciso focar no córrego Ferrugem. 

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— O problema na Tereza Cristina é o Ferrugem. Temos várias obras em execução e prontas, como a bacia do Camarões, do Indústrias e do Olaria Jatobá. São obras que estão prontas ou terminando e vão reter 1 bilhão de litros de água. Mas, enquanto não resolver o problema do Ferrugem, que vem de Contagem e que bate em 90 graus ali, realmente a gente não vai conseguir acabar com esse problema.

De acordo com ele, a obra é complexa e de alto custo, mas há diálogo entre as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem com o Governo do Estado.

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— Com a ajuda das prefeituras e do Governo de Minas, talvez com a ajuda do acordo da Vale, a obra pode sair.

Acordo com a Vale

O acordo entre Governo de Minas, Ministério Público, Defensoria Pública e Vale foi assinado na semana passada, após uma negociação que durou quatro meses. 

O total de R$ 37,68 bilhões deverá ser destinado a obras de infaestrutura, como o Rodoanel e o metrô de Belo Horizonte, além de hospitais e cidades atingidas pelo rompimento da barragem, em Brumadinho, em janeiro de 2019. Como nem toda a destinação dos recursos está totalmente definida, é nesse "pacote" que as obras do córrego Ferrugem podem entrar. 

De acordo com Simões, a definição sobre o uso dos recursos do acordo é uma prioridade do Governo de Minas. 

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