BH vai decretar emergência na avenida Tereza Cristina por chuvas
Segundo o prefeito Alexandre Kalil, a chuva deste domingo é conhecida como "chuva de 1000 anos" pelo grande volume de água em pouco tempo
Minas Gerais|Helen Oliveira, da RecordTV Minas
A Prefeitura de Belo Horizonte vai decretar estado de emergência na região da avenida Tereza Cristina. A via, por onde passa o ribeirão Arrudas, ficou completamente destruída depois que o leito do rio transbordou, atingindo casas de moradores e comércios que ficam às margens da avenida durante uma tempestade neste domingo (20).
O objetivo da prefeitura é receber recursos do governo federal para reconstruir trecho que foi destruído.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (20), o prefeito Alexandre Kalil assumiu a responsabilidade pelos danos, mas alegou que esta foi uma chuva conhecida como "chuva de mil anos". Foram mais de 100 milímetros de água em apenas 40 minutos somente na região da avenida Tereza Cristina.
De acordo com Kalil, nenhum projeto de contenção evitaria as consequências.
— Segundo dados repassados pela Defesa Civil, a chuva que caiu em BH ontem é chamada tecnicamente de chuva de 1000 anos. Foram 102 milímetros em apenas 40 minutos. Ela acontece, estatisticamente, a cada 1000 anos. Quero esclarecer que, se todos os nosso projetos e bacias de contenção, as que estão em licitação, as que estão com projetos em andamento, estivessem prontas, aconteceria o que aconteceu ontem. Esse é um dado que me assustou.
Ainda de acordo com Kalil, um projeto para construção de três bacias de contenção no córrego Ferrugem, que fica na divisa entre Belo Horizonte e Contagem, está parado desde 2013 e precisa de recursos do governo federal para ser concluído.
Para tentar receber recursos do governo federal o mais rápido possível a prefeitura vai publicar no diário oficial do município o “Decreto de emergência na região da avenida Tereza Cristina”. O dinheiro será para obras de reconstrução do trecho.
Segundo o sub-secretário da Defesa Civil de Belo Horizonte, coronel Waldir Vieira, o órgão está prestando assistência humanitária e ainda está fazendo levantamento dos estragos. Ao menos 150 famílias ficaram desalojadas.
— A maioria das pessoas não teve suas casas destruídas que implicasse em remoção. É basicamente limpeza, reconstrução e assistência humanitária. Temos previsão de chuvas fortes até o fim de semana. Recomenda redobrar a atenção, cautela, continuamos emitindo alertas de risco. É preciso que as pessoas estejam atentas.