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Avenida de BH volta a ser destruída pela chuva 8 meses após reforma

Em 2020, a prefeitura gastou R$ 5 milhões para reparar os danos de enchentes na av. Tereza Cristina, uma das principais da cidade

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Avenida ficou destruída com a chuva desta sexta-feira (15)
Avenida ficou destruída com a chuva desta sexta-feira (15)

A Avenida Tereza Cristina, uma das principais vias de Belo Horizonte, foi destruída pela enxurrada do temporal que atingiu a cidade, nesta sexta-feira (15). A devastação acontece oito meses após a prefeitura refazer o asfaltamento da pista, que havia sido levado pelas enchentes das chuvas de 2020.

No ano passado, a avenida ficou quase quatro meses em reforma, entre janeiro e maio, para a conclusão dos trabalhos. A obra custou quase R$ 5 milhões, segundo extrato do serviço assinado pela prefeitura.

A via liga Belo Horizonte à cidade de Contagem, na região metropolitana, passando pelas regiões Oeste e Barreiro da capital mineira. Ela é cortada pelo Rio Arrudas, que recebe as águas do córrego Ferrugem.

Nesta sexta-feira, o curso d'água não suportou o volume recebido pela chuva e transbordou. A pista ficou submersa e carros foram arrastados. Imagens enviadas por moradores mostram um caminhão sendo levado pela água. Segundo as equipes de resgate, não há informações sobre feridos.


Moradores registram caminhão sendo arrastado durante alagamento na Avenida Tereza Cristina, em BH. Veja mais sobre a chuva na capital em: http://r7.com/4SuF #R7Minas

Posted by Record Minas on Friday, January 15, 2021

Estragos

Neste sábado, a avenida continuou inteditada para limpeza e avaliação dos estragos. Agentes da prefeitura trabalham no local. A interdição acontece entre a avenida Dom João VI e Contagem, no sentido bairro. Já no sentido Centro, a interdição está entre Contagem e a rua Metalig.


Avenida foi tomada pela água nesta sexta-feira
Avenida foi tomada pela água nesta sexta-feira

O marceneiro Márcio Vicente Silva conta que a água atingiu móveis que estavam prontos e ferramentas que estavam na loja dele. O trabalhador calcula um prejuízo de R$ 4.000 e lamenta que não é a primeira vez.

— No ano passado a água entrou na loja três vezes e o prejuízo foi bem maior.


Procurada pela reportagem, a Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), responsável pelas obras da prefeitura, informou que vem realizado intervenções que visam reduzir o risco de inundações na avenida Tereza Cristina.

Segundo a companhia, em 2020 a prefeitura iniciou a construção de uma bacia de contenção na região do barreiro e a segunda etapa das obras nos córregos Olaria e Jatobá. “Entretanto, é muito importante destacar que, ainda assim, para reduzir o risco das inundações nesta avenida, também é necessária a conclusão das intervenções no córrego Ferrugem em Contagem, iniciadas pelo Governo do Estado, nas quais estavam previstas a construção de três bacias de detenção”, ressaltou a prefeitura.

O R7 procurou o Governo de Minas para comentar sobre a obra no Ferrugem, mas ainda não teve retorno.

Leia a íntegra da nota da Prefeitura de BH:

“A Sudecap informa ainda que também deu início, no mês de março de 2020, às obras de construção da bacia de detenção do bairro das Indústrias, na região do Barreiro. O equipamento terá a função de armazenar o volume excessivo de água durante as chuvas intensas para reduzir o risco de inundações na avenida Teresa Cristina. A bacia será capaz de deter 120 milhões de litros d’água, liberando esse volume aos poucos após as chuvas para não sobrecarregar o canal do Ribeirão Arrudas. As obras são executadas pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e o investimento é de R$ 28,9 milhões com financiamento do Governo Federal.

Também foi iniciada em junho de 2020 a segunda etapa nos córregos Olaria e Jatobá. Está sendo implantada uma segunda bacia, com capacidade de retenção de aproximadamente 70 mil metros cúbicos, que irá amortecer os picos de vazão do córrego Olaria. O investimento é de R $18 milhões, incluindo também a execução dos serviços de esgotamento sanitário, passarelas e travessias, paisagismo e urbanismo da área, além de uma ponte na Rua Primordial. 

 Nos últimos anos, a Prefeitura executou diversas intervenções para mitigar as enchentes na região. Foram implantadas duas bacias no córrego Túnel/Camarões na região do Barreiro, que também faz parte da bacia do Arrudas, capaz de reter 400 milhões de litros d´água. Foi concluída também a bacia de detenção da primeira etapa do Córrego Olaria/Jatobá e a bacia de detenção do Córrego Bonsucesso (com capacidade de 250 milhões de litros). 

 Juntas, todas essas bacias construídas por Belo Horizonte serão capazes de armazenar quase 1 bilhão de litros d’água. Essas obras da Prefeitura diminuem de maneira expressiva os impactos das chuvas na região da avenida Teresa Cristina. 

Entretanto, é muito importante destacar que, ainda assim, para reduzir o risco das inundações nesta avenida, também é necessária a conclusão das intervenções no córrego Ferrugem em Contagem, iniciadas pelo Governo do Estado, nas quais estavam previstas a construção de três bacias de detenção.”

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