Acusado de matar PM em BH tem ‘capacidade de entendimento’, aponta perícia
Juiz ainda vai avaliar o laudo, mas os peritos recomendaram tratamento psiquiátrico e psicológico para ele na prisão
Minas Gerais|Arnon Gonçalves, da RECORD MINAS

O IML (Instituto Médico Legal) concluiu que o homem acusado de matar o sargento da PM Róger Dias Cunha, em BH, tinha “capacidades de entendimento” sobre o crime. A avaliação foi feita após a defesa levantar a hipótese de insanidade mental para o cliente.
A Justiça ainda vai avaliar o diagnóstico. Mesmo sem limitação cognitiva, a perícia sugeriu acompanhamento para Welbert de Souza Fagundes.
“Recomenda-se que, enquanto estiver recluso, o periciado (Welbert) tenha acesso a tratamento psiquiátrico e psicológico na unidade prisional, mas ressaltamos que não houve configuração de doença mental superveniente que incapacite o periciado de entender e responder ao processo criminal em curso”, sugere o relatório.
O crime
Na noite do dia 5 de janeiro de 2024, o sargento Róger Dias da Cunha e outros militares perseguiam dois suspeitos de roubo a veículo. Segundo a PM, Welbert Souza Fagundes, então com 25 anos, e Giovanni Faria de Carvalho, aos 33 anos, perderam o controle da direção do veículo e bateram o carro em um meio-fio. Os dois, então, fugiram correndo.
Durante a perseguição, Fagundes atirou contra Dias, que foi atingido na cabeça. O sargento foi internado em estado grave no Hospital João 23, no Centro da capital mineira. Ele teve a morte confirmada dois dias depois.
Fagundes, que foi baleado na perna, chegou a ser internado no Hospital Risoleta Neves sob escolta policial. Pouco depois, a Justiça de Minas Gerais converteu a prisão dos dois suspeitos para preventiva. Na época do crime, Fagundes usufruía do benefício de saída temporária e deveria ter voltado para a penitenciária no dia 23 de dezembro.