A biomédica denunciada pela morte de uma paciente após lipoaspiração em Divinópolis, a 120 km de Belo Horizonte, deixou a prisão nesta quinta-feira (02).
A soltura de Lorena Marcondes de Faria foi autorizada pelo juiz Ivan Pacheco de Castro. A medida atende um pedido da defesa contra a prisão preventiva decretada em março deste ano após a biomédica supostamente usar redes sociais para constranger e intimidar uma testemunha, contrariando medidas protetivas. Ao pedir a soltura, a defesa destacou que Lorena tem um filho de 9 anos.
“Enfim, depois de mais de um mês afastada do convívio familiar e social por desrespeito a uma obrigação fixada por este juízo, tenho que a acusada se encontra preparada para acompanhar a tramitação do feito em liberdade, sem interferir – ou tentar novamente fazê-lo - em sua regular tramitação, através de redes sociais, fazendo menção às partes e/ou testemunhas da ação penal”, avaliou o juiz ao conceder a soltura.
O magistrado, no entanto, reforçou que Lorena pode voltar à prisão caso descumpra as medidas cautelares novamente. A reportagem tenta contato com a defesa de Lorena.
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Morte de paciente
Lorena Marcondes responde por homicídio qualificado, fraude processual e exercício ilegal da medicina. O processo é referente à morte de Iris Dorotea Nascimento Martins, aos 46 anos, em 2023, em Divinópolis. A Polícia Civil Lorena realizou a lipoaspiração na paciente sem possuir a autorização ou equipamentos necessários para realizá-la. O local, segundo o inquérito, não tinha equipamentos para lidar com quadro de intercorrência - como falta de desfibrilador, balões de oxigênio, entre outros.
A vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória após passar retirar gordura abdominal e fazer um enxerto nas nádegas. Iris foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas morreu assim que deu entrada no hospital.