Carne envenenada com chumbinho é encontrada em rua de BH
Moradores do bairro Santa Maria, na região Noroeste, encontraram mais de 15 pedaços de carne e desconfiam de tentativa de envenenar animais
Minas Gerais|Mayara Folco, da Record TV Minas
Moradores do bairro Santa Maria, na região Noroeste de Belo Horizonte, encontraram pedaços de carne envenenadas com chumbinho espalhados em uma das ruas da região. Eles acreditam que o objetivo do envenenamento era matar os animais domésticos do bairro.
Os mais de 15 pedaços de carne foram encontrados na rua Castro Menezes, próximo ao Parque Ecológico Pedro Machado, pela moradora Flávia Barbosa. Ela conta que chamou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência, mas, segundo Flávia, nenhum militar foi até o local.
— Eles disseram que estavam ocupados com outras ocorrências. Eu até entendo que poderia ser algo mais sério, mas, mesmo depois, eles não vieram. Eu fico sem entender. Existe a Lei Sansão, mas cadê os meios para a lei funcionar?
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Os moradores acreditam que o veneno foi colocado para atingir os animais que são abandonados no parque, que fica na mesma rua. O ativista da causa animal Carlos Oliveira, que também é açougueiro, garante que o material é chumbinho e aponta que a carne envenenada era nobre.
— Claramente é chumbinho. E o pior é que a carne é de primeira. A pessoa teve a coragem de comprar uma carne nobre só para matar os animais. É muita maldade.
Reincidência
A carne contaminada com chimbinho foi encontrada no início da semana e, desde então, nenhum animal foi encontrado morto. Mas Flávia conta que outras ocorrências desse tipo já foram registradas na região.
— Há 10 anos, muitos animais aqui da rua foram envenenados. Só eu perdi 10 gatos.
A rua não tem câmeras de segurança e, por isso, não é possível saber quem colocou a carne envenenada no local. Mesmo assim, os moradores pretendem registrar um boletim de ocorrência para que o responsável seja identificado e punido com base na lei de maus tratos a cães e gatos, que prevê uma pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição de que o agressor seja tutor de animais.