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Caso de jovem estuprada após show completa um ano; família tenta aumentar pena do autor

Wemberson da Silva foi condenado a oito anos de prisão; família considera pena branda e recorreu à Justiça

Minas Gerais|Do R7, com Shirley Barroso e Gabrielle Assis, da Record Minas

Vítima ainda tenta se recuperar do trauma Reprodução/Record Minas

Nesta terça-feira (30), completa-se um ano do caso de uma jovem, de 22 anos, abusada sexualmente após ser deixada na porta de casa por um motorista de aplicativo, em Belo Horizonte. O caso teve grande repercussão e gerou comoção em todo o país. Hoje, a vítima tenta se recuperar do trauma. A família da vítima tenta recorrer da decisão da Justiça, que condenou o autor do estupro a 8 anos e 10 meses de prisão.

O julgamento aconteceu em fevereiro desse ano. Wemberson foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão. A Justiça não concordou com a denúncia do Ministério Público de que o motorista de aplicativo teria contribuído para o estupro e aplicou a ele uma pena de 6 meses de reclusão, por abandono de incapaz, como havia concluído a Polícia Civil. O amigo da jovem foi absolvido da acusação de omissão de socorro.

Hoje o Ministério Público e a assistência da acusação recorrem da sentença. Para a família da vítima, as penas aplicadas foram brandas.

“A família esperava uma pena mais alta tanto para o motorista de aplicativo, quanto para o estuprador. Nós recorremos ao Tribunal de Justiça para que as penas aplicadas sejam ainda mais altas, no limite da lei”, falou a assistente de acusação Débora Tavares


O advogado de defesa do motorista de aplicativo também recorreu da decisão. Para ele, o crime de abandono de incapaz não se enquadra ao seu cliente. “O abandono de capaz exige que o sujeito tenha um dever de guarda, de cuidado da pessoa abandonada e o motorista de aplicativo não tem esse dever de guarda”, falou o advogado Tulio Vianna

O processo corre em segredo de Justiça, a advogada da vítima se limitou a dizer apenas que a vítima segue se tratando do trauma Wemberson está preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.


Relembre o caso

Câmeras de segurança registraram tudo o que aconteceu, desde o momento em que a vítima deixou o Estádio Mineirão, na região da Pampulha, onde acontecia um evento, até a manhã do dia seguinte, quando ela saiu sozinha do local onde foi violentada.

A vítima foi colocada dentro do carro de aplicativo por um amigo. Pelas imagens, é possível ver que ela estava sob efeito de álcool. O carro vai até o bairro Santo André, região noroeste de BH, onde a mulher morava. A viagem teria sido compartilhada com o irmão da vítima, mas, ele adormeceu e não acompanhou o trajeto pelo celular.


As imagens de segurança mostram o momento que o carro chega na casa da vítima. Ao chegar na porta, a passageira não consegue sair do carro. O motorista sai do veículo e toca o interfone no prédio por cerca de 10 minutos, mas, ninguém atende. O motorista pede a ajuda de um motociclista que passava pelo local para tirá-la do caso e a deixa na calçada. O motorista de aplicativo vai embora e deixa a passageira sozinha.

Minutos após a saída do motorista, aparece Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos. Ele coloca a vítima nas costas e sai andando. O homem percorreu cerca de 3 km até um campo de futebol, onde aconteceu o abuso sexual. Na manhã seguinte, câmeras registraram Wemberson saindo do local.

A vítima foi encontrada por moradores, que acionaram o resgate e acompanharam o atendimento médico, mas ela se negou a ir ao hospital. A mulher voltou para casa andando e contou aos irmãos o que aconteceu. Wemberson Carvalho da Silva foi preso em flagrante. O pintor, que morava com a mulher e dois filhos, confessou o crime e disse que a intensão dele era ajudar a jovem.

A Polícia Civil indiciou Weberson por estupro de vulnerável e o motorista de aplicativo por abandono de incapaz. Já o Ministério Público também indiciou o condutor do carro por estupro e amigo da jovem, que a colocou bêbada, no carro de aplicativo, por omissão de socorro.




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