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Covid-19: enfermarias de BH voltam ao vermelho após quase 9 meses

Indicador saiu da fase de controle, com menos de 50% de ocupação, nos últimos 10 dias; transmissão do vírus segue em alta

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Casos de gripe podem ter relação com aumento
Casos de gripe podem ter relação com aumento Casos de gripe podem ter relação com aumento (Marcelo Oliveira/EFE - 22.03.2021)

A taxa de ocupação das enfermarias para casos de covid-19 em Belo Horizonte voltou ao patamar vermelho, o maior da escala de alerta, após 8 meses e 25 dias, nesta segunda-feira (3).

De acordo com o boletim da SMSA (Secretaria Municipal de Saúde), o índice chegou a 73,2% hoje. O percentual é o mesmo registrado na última vez em que o indicador esteve no vermelho, em 09 de abril de 2021.

No início do ano, no entanto, a cidade tinha 1.180 leitos para casos de coronavírus. Agora, são 466 na rede pública e privada, assim como na última semana. A prefeitura reduziu a quantidade de vagas dedicadas a casos de covid-19 no decorrer dos meses, alegando redução da demanda e garantindo que, caso necessário, há capacidade para reativá-los.

Os dados do município apontam que o percentual estava verde há menos de 15 dias, com 49,5% de ocupação, no último dia 24 de dezembro. No último balanço, do dia 31 de dezembro, o índice estava no alerta amarelo, com 65,2% de uso.

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Considerando apenas as enfermarias dedicadas a casos de covid-19, o relatório aponta que não há vagas disponíveis na rede pública, com 107% de ocupação. No entanto, entre os leitos simples para pacientes com outras doenças, ainda há disponibilidade. Nestes casos, a ocupação está em 73%.

Os outros dois indicadores da pandemia também registraram piora em relação ao último relatório. A ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) passou de 51,7% para 60,7%. O RT, que mede a transmissão do vírus, foi de 1,17 para 1,18. O índice indica que cada grupo de 100 doentes infectam outras 118 pessoas.

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Explicação

Em entrevista à Record TV Minas nesta segunda-feira, o médico infectologista Carlos Starling, membro do Comitê da Covid-19 de Belo Horizonte, avaliou que o aumento de casos pode estar relacionado à chegada da nova variante Ômicron do Coronavírus e, também, às notificações de gripe que crescem pelo Estado.

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"Temos uma variante altamente transmissível em circulação. Começamos a perceber um comportamento diferente da pandemia na cidade, com o aumento de diagnósticos da covid-19. Isso somado ao aumento de casos de H3N2 [gripe]. Então temos duas situações epidemiológicas extremamente preocupantes", destacou.

Apesar do avanço no número de infectados, o médico destaca que a maior parte dos casos são de pacientes com sintomas leves, devido à vacinação. Segundo ele, os doentes que demandam atendimentos complexos não estão com o ciclo vacinal completo.

Diante o contexto, Starling volta a reforçar as medidas sanitárias de higienização e uso de máscara, tanto para se evitar a covid-19, quanto para a gripe.

"As aglomerações que aconteceram ao longo do mês de dezembro estão se refletindo agora, mas ainda não temos as do Réveillon", pontua.

Controle

Na última semana, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a ampliação dos horários de atendimento em nove centros de saúde (um por regional) para suprir a demanda por atendimentos e desafogar as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). As unidades escolhidas vão funcionar das 7h às 22h30.

* Colaborou Ralph Assé

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