Discussões sobre transporte, saúde e habitação marcam primeiro debate entre candidatos à Prefeitura de BH
Partidos têm até o dia 15 de agosto para formalizar as candidaturas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7

No primeiro debate eleitoral para a disputa à prefeitura de Belo Horizonte, realizado pela TV Band, na noite desta quinta-feira (08), os pré-candidatos discutiram propostas para saúde, educação, mobilidade urbana e moradia.
Estiveram presentes sete pré-candidatos, são eles: Bruno Engler (PL); Carlos Viana (Podemos); Duda Salabert (PDT); Fuad Noman (PSD); Gabriel Azevedo (MDB) e Mauro Tramonte (Republicanos).
Durante o primeiro bloco do debate, os candidatos se alternavam fazendo perguntas entre si sobre temas variados. Por ordem de sorteio, a candidata Duda Salabert perguntou a Bruno Engler sobre a questão climática na capital mineira. O candidato falou sobre a situação das chuvas e a necessidade de buscar soluções tecnológicas para a cidade.
Em seguida, Engler perguntou ao candidato Mauro Tramonte sobre as condições do sistema de saúde de BH. O candidato do Republicanos respondeu que dentre os vários problemas encontrados na saúde pública da cidade, a falta de médicos é o principal deles e trabalhará para resolvê-lo.
Tramonte escolheu a candidata Duda Salabert para responder sobre a mobilidade urbana na capital mineira. A candidata do PDT apontou que é necessário a assinatura de um novo contrato com as empresas de ônibus e que a população seja ouvida neste processo.
Seguindo a ordem do sorteio, Gabriel Azevedo perguntou ao atual prefeito da cidade, Fuad Noman, sobre a geração de empregos em BH. O prefeito falou que o índice de pessoas desempregadas caiu nos últimos anos e que a quantidade de obras promovidas pela gestão dele também ajudam nessa questão ao gerar mais oportunidades de emprego.
Fuad Noman perguntou ao candidato Carlos Viana se ele pretende dar seguimento ao projeto da gestão atual que levou internet para vilas e favelas da cidade. Viana disse que pretende contar com a ajuda de sua vice Kika da Serra para trazer melhorias para a população desses locais.
Para concluir o primeiro bloco, Rogério Correia perguntou ao candidato Gabriel Azevedo sobre os ônibus em Belo Horizonte. O atual presidente da Câmara Municipal pontuou as melhorias conquistadas durante seu período como vereador, mas reforçou que ainda não está bom e que precisa melhorar.
Após a conclusão dos cinco blocos, os candidatos fizeram suas avaliações sobre o primeiro debate do processo eleitoral. O atual prefeito, alvo de ataques de todos os candidatos, que “os meninos jogam pedra onde tem manga”e que “tudo que nós estamos fazendo foi o que eles apresentaram, então se o que eu estou fazendo já está aí, pra que mudar?”
Já o candidato Mauro Tramonte avaliou que o debate poderia ter sido mais voltado às propostas dos candidatos. “Teve um pouco de ânimos mais acirrados, mas isso faz parte. Faltou um pouco de tempo para falarmos mais das propostas em si, desviou muito o assunto, mas o primeiro debate é assim mesmo”, falou.
Carlos Viana disse que “Muitas promessas, muitos discursos, muitos comentários, mas poucas soluções. É muito fácil chegar aqui e dizer o que as pessoas já sabem da cidade. Eu quero trazer soluções. E o primeiro debate, temos ainda toda uma campanha pela frente.
Para Bruno Engler, o debate foi uma “oportunidade de desnudar os problemas da cidade” e que hoje o que impede o avanço de Belo Horizonte são dois problemas: “as amarras a politicagem” e a falta de gestores públicos que pensem “soluções inovadoras e tecnologias para a capital”.
Ao sair, Gabriel Azevedo se disse muito feliz por participar de seu primeiro debate e que nesta sexta-feira (09) irá registrar, no TSE, candidatura “com um plano de governo sólido, com propostas concretas para a cidade”.
Duda Salabert avaliou o debate como posição. “Nós trouxemos propostas para a cidade. Debatemos a importância de valorizar a educação e fui a única candidata que trouxe o debate climático para a discussão. Nenhum outro candidato trouxe essa questão”, disse.
Por último , Rogério Correia, ao lado de sua candidata a vice Bella Gonçalves (PSOL), agradeceu sua presença e disse que “ninguém pode ser prefeito de uma cidade sozinho. É preciso ter partidos políticos, ter movimentos sociais, ter organização e a Bella traz isso junto comigo.
Os partidos têm até o dia 15 de agosto para formalizar as candidaturas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Só a partir do dia 16 que os concorrentes podem fazer a campanha. As eleições acontecem no dia 06 de outubro.