Empresários temem encarecimento de produtos com eventual fim da desoneração da folha
Congresso Nacional deve analisar o veto presidencial ao benefício, nesta quinta-feira (14)
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Vinícius Rangel, da Record Minas
![Lista de categorias beneficiadas pelo projeto contém 17 setores](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/S2V3DI3RSFKMBOMRF55YMXSSYE.jpg?auth=40bd389575216d3532f764731cfbf5752b736cc91f9fabdb72fc64e3d8e6145d&width=1080&height=720)
Empresários mineiros temem um aumento no valor de produtos e serviços com o eventual fim da desoneração da folha de pagamento. O veto presidencial à prorrogação do benefício deve ser discutido no Congresso Nacional, nesta quinta-feira (14).
“Caso o veto não seja derrubado, devemos ter aumento de alimentos, roupas e calçados para o consumidor final”, comentou Marcos Marçal, economista da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), sobre as áreas que podem ser impactadas.
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A lista de categorias beneficiadas pelo projeto contém 17 setores. O empresariado teme reflexos em diferentes áreas.
“Sem a desoneração da folha de pagamento, o custo com a mão de obra aumenta 13%. Isso significa um aumento de custo na construção civil. Portanto, significa aumento no preço do imóvel. Com isso, algumas famílias terão mais dificuldades de comprar a casa própria, pois o valor do imóvel certamente vai aumentar”, defendeu Ieda Vasconcelos, economista do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais).
A desoneração da folha de pagamento acaba no dia 31 de dezembro deste ano. O benefício prevê que as empresas dos 17 setores da economia que mais empregam no país paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha salarial.
O projeto em discussão atualmente quer prorrogar a redução até 2027. O texto foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, mas foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo alegou que a manutenção da desoneração aumentaria o déficit das contas públicas, além de não gerar os empregos prometidos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu apresentar uma proposta alternativa, o que até agora não aconteceu. Entidades que representam os setores afetados pela medida enviaram um ofício a deputados e senadores para pedir a derrubada do veto.