Foi sepultado neste domingo (24) o corpo da manicure e empresária Gabriela Torres, assassinada a tiros, aos 20 anos, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. O crime aconteceu dentro do salão de beleza que pertencia à vítima, enquanto ela trabalhava. Em entrevista à reportagem, Lucimeire Torres, a mãe de Gabriela, questionou a suspeita inicial de latrocínio (roubo seguido de morte). A mulher afirma que a filha passou a ser ameaçada ao iniciar um novo relacionamento amoroso, recentemente.•Compartilhe esta notícia no WhatsApp• Compartilhe esta notícia no Telegram Procurada pela reportagem, a Polícia Civil não informou se a hipótese de feminicídio é investigada. Segundo a instituição, ainda não houve conduções à delegacia de plantão relacionadas ao caso. Testemunhas relataram à polícia que o crime ocorreu quando dois homens de capacete e máscara invadiram o salão, na noite de sexta-feira (22). Um deles, armado, anunciou o assalto. Três clientes também estavam no local. A dupla recolheu os celulares das quatro mulheres e obrigou as vítimas a ir para os fundos do comércio. Uma cliente contou à reportagem que um dos criminosos, antes de ir embora, perguntou quem era a dona do espaço. Assim que a vítima se identificou, o homem atirou. “Ele atirou e foi embora. Eu nasci de novo. Eu estava ajoelhada ao lado da Gabriela”, recordou a testemunha. Gabriela Torres foi atingida na cabeça. As clientes não ficaram feridas. “Eu acredito que esse assalto foi só uma cena forjada. Minha filha pediu para não ser morta, e eles não tiveram misericórdia”, afirmou a mãe da vítima. A perícia recolheu o HD que pode ter as imagens do circuito de segurança da loja. Os agentes também recolheram a carteira, documentos, cartões da vítima e duas porções de maconha que estavam no local. Segundo a PM (Polícia Militar), Gabriela já foi presa com um namorado, por posse de arma de fogo. A jovem também tem registro policial por consumo de drogas. Amigos e familiares organizaram uma passeata em homenagem à empreendedora neste domingo. Emocionados, eles chegaram ao cemitério com balões e camisetas com a foto da vítima. Gabriela era conhecida na região do Barreiro e divulgava seu trabalho pela internet. Em uma rede social, a empresária tinha aproximadamente 15 mil seguidores.Veja detalhes do dia do crime: