O ex-deputado mineiro Márcio Passos está entre os 21 presos pela Operação Fraternos da Polícia Federal, desencadeada na manhã desta terça-feira (7), para coibir um suposto esquema de fraude em licitações públicas nas prefeituras de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, no Sul da Bahia. Ex-deputado estadual e federal por Minas, Passos teve mandado de prisão temporária (cinco dias) decretada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da Primeira Região. Ele foi preso no luxuoso condomínio Grand Líder Olympus, no Vila da Serra, em Nova Lima. Passos é apontado como proprietário de uma empresa de software que foi contratada pela Prefeitura de Porto Seguro.Leia mais notícias no Portal R7 Em entrevista, o advogado do ex-deputado, Guilherme Victor de Carvalho, alegou que ainda não teve acesso ao inquérito e, por isso, não iria se manifestar. De acordo com a PF, os contratos fraudados com as três prefeituras baianas somam, juntos, R$ 200 milhões. Os três prefeitos foram alvos de mandado de condução coercitiva, quando o investigado é obrigado a se apresentar para prestar depoimento. As investigações apontam que as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar para fraudar licitações, simulando a competição entre elas. Após a contratação, parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado. O esquema, segundo a PF, utilizava-se de “contas de passagem” em nomes de terceiros para dificultar a identificação do destinatário final dos valores arrecadados, que, em regra, retornavam para membros da organização criminosa. Não é a primeira vez que Passos é alvo de uma operação policial. Em 2008, ele foi alvo da operação João de Barro da PF, responsável pela investigação de um esquema de desvio de verbas na construção de casas populares, custeado pelo Pac (Programa de Aceleração do Crescimento).