Febre amarela matou 307 pessoas em Minas Gerais em 21 meses
Cento e quarenta e cinco óbitos foram confirmados somente em 2018; quase 1,7 milhão de pessoas ainda não se vacinaram no Estado
Minas Gerais|Paulo Henrique Lobato, Do R7
A febre amarela matou 307 pessoas em Minas Gerais nos últimos 21 meses, sendo 145 desde janeiro passado. Apesar da alarmante estatística, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) estima que quase 1,7 milhão de moradores – o correspondente a 9% da população - ainda não se vacinaram contra a doença.
A missão da secretaria, conforme meta definida pelo Ministério da Saúde, é imunizar ao menos 95% da população — a eficiência da vacina é de 95% a 98%.
O início do surto da doença em Minas Gerais começou em janeiro de 2017. No primeiro semestre daquele ano, o total de mortes superou 150 casos.
Já no segundo semestre, poucos casos foram registrados. A partir do fim de dezembro de 2017, entretanto, a SES voltou a registrar aumentos sucessivos no número de casos.
Um dos óbitos que causou grande comoção no Estado foi o do músico Flávio Henrique Alves Oliveira, que ocupava a presidência da TV Minas e da Rádio Inconfidência, os dois veículos de comunicação do governo regional. Ele teria contraído a doença, em janeiro de 2018, em sua casa de campo na região metropolitana de Belo Horizonte.
A quantidade de casos de febre amarela confirmados neste ano levou o poder público, assim como no ano passado, a fechar parques para a visitação. Um deles foi o Mangabeiras, um dos cartões-postais da capital mineira.
A SES reforça que a principal medida contra a febre amarela é a vacina. Apenas uma dose é suficiente para imunizar o ser humano por toda a vida.