Polícia recuperou celulares, carteiras e cartões de crédito
Divulgação/PMMGUm homem de 33 anos foi preso suspeito de furtar celulares de foliões durante as festas de Carnaval em Belo Horizonte durante a noite desta sexta-feira (21) e a madrugada de sábado (23). Ele foi encontrado graças ao rastreador de um deles. Com isso, a polícia conseguiu recuperar vários aparelhos que estavam escondidos dentro de uma bolsa térmica.
A porta da companhia da Polícia Militar na rua da Bahia, no centro da capital mineira, ficou lotada. Muita gente foi até o local para registrar boletim de ocorrência e procurar pelo celular que perdeu enquanto se divertia na rua.
As vítimas estavam em um bloco de carnaval na região Centro-sul de Belo Horizonte. Em meio à multidão, elas não perceberam o momento em que foram furtadas. Os foliões procuraram a polícia, que começou a procurar pelos suspeitos. Por sorte, um dos aparelhos tinha rastreador.
Era o celular do estudante Christian Martins. Com o apoio dos militares, eles monitoraram os passos dos criminosos.
— Ficamos localizando o celular e, a cada cinco minutos dava uma localização diferente, e a gente ia atrás. Até chegar a um ponto em que a gente ficou lado a lado com um cara. Eu olhei para ele e falei: - parece com aquele cara. Os policiais fizeram um ótimo trabalho, porque foi uma localização muito rápida, abordaram o cara e conseguiram localizar os celulares.
O homem não estava só com o telefone do estudante. Na bolsa térmica que ele carregava havia outros 17 celulares. Fabrício Carvalho dos Santos, de 33 anos, foi preso em flagrante. Segundo o tenente-coronel PM Micael Henrique, o suspeito disse que receberia R$ 30 por cada aparelho furtado.
— A desculpa dele é que ele estava acompanhado de um amigo da cidade de Caeté, que estaria vindo para aqui e que ele havia combinado que guardaria os celulares na bolsa térmica pela remuneração de R$ 30 por aparelho. Ele só transportaria esses celulares.
Cada celular que os bandidos pegaram recebeu uma etiqueta com um número. A organização surpreendeu até os policiais. Na bolsa de Fabrício foram encontrados ainda cartões de crédito, uma munição de fuzil 762 e um papelote com um comprimido de êxtase triturado.
Segurança
A PM diz que a maioria das vítimas carregava o celular de forma irregular e que isso facilitou a ação dos marginais.
— As pessoas acreditam que carregar no bolso da frente dá mais segurança. Mas, na verdade, quem vive praticando esse tipo de furto tem uma destreza muito grande. Às vezes, a vítima nem percebe.
Lucas foi uma das vítimas. Distraído na festa, nem percebeu a ação dos criminosos.
— Estava quase chegando na praça da Liberdade, fui conferir meus bolsos e minha carteira não estava, meu celular não estava.
Assim que soube que vários aparelhos tinham sido recuperados, ele correu até a companhia. E para o alívio dele, o telefone estava ali.
— Em pleno Carnaval, você está curtindo com seus amigos e se deparar com uma situação dessa, não é legal. Tem muito arquivo, muita coisa importante que você tem.
A PM diz que vai continuar atuando durante todos os dias de folia nas ruas pra evitar que furtos, roubos e arrastões aconteçam.
— Continuamos com várias equipes, ostensivas, veladas, com monitoramento, uso de drones, com várias forças e vários serviços atuando em conjunto e, até o final fazendo o Carnaval de Belo Horizonte mais seguro.