Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte voltou a afirmar, nesta quinta-feira (9), que o valor da passagem de ônibus na cidade não terá aumento neste ano. O político disse que o município tenta um acordo Judicial para resolver o impasse com as empresas de transporte. "Estamos tentando de toda forma para que não haja o aumento para o usuário. Este ano eu tinha dito que não iria acontecer e, obviamente, não vai acontecer. Estamos caminhando para o final de dezembro. Estamos aqui numa luta e engenharia séria para um tentar acordo na Justiça e, depois, levar para a Câmara, onde espero que todos pensem na popuçação, com uma proposta justa que não acarrete um custo muito grande para a prefeitura", detalhou. A declaração foi feita após uma reunião com o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belo Horizonte). Kalil contou, também, que o problema do transporte público afeta outras cidades, devido ao aumento dos custos. Nesta segunda-feira, representantes da capital mineira também se reuniram, em Brasília, com prefeitos de outras cidades com mais de 100 mil habitantes. De acordo com o prefeito, há uma discussão no governo federal sobre um possível subsídio no valor da passagem. "Tudo que é gratuito no ônibus sai do bolso do catracado, o que paga pasagem. Isso não é justo. Se a lei federal exige gratuidade, que o governo federal banque. Se for do governo municipal, ele que banque. O que não é certo é toda gratuidade cai no valor da tarifa", avaliou. Raul Lycurgo Leite, presidente do Setra-BH, avalia que uma possível solução para se evitar o colapso do transporte seria a prefeitura ofertar subsídios para arcar com a gratuidade oferecida a alguns grupos, como de idosos, pessoas com deficiência e carteiros. O último aumento da tarifa em BH aconteceu em 2018, quando a passagem passou de R$ 4,25 para R$ 4,50. A prefeitura não autorizou novos reajustes, alegando que as empresas de ônibus deveriam garantir cobradores dentro dos veículos e melhorar a qualidade do serviço.