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Liderando casos de dengue, MG aposta em fábrica de bactéria para controlar doenças

Estado tem o maior número absoluto de infecções prováveis e está em terceiro lugar com mais casos a cada 100 mil habitantes

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Em 2023, Minas Gerais já está entre os Estados com mais casos
Em 2023, Minas Gerais já está entre os Estados com mais casos

O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta segunda-feira (27), que a biofábrica da bactéria Wolbachia, usada para inativar os vírus causadores de dengue, zika e chikungunya, começará a ser construída na segunda quinzena de abril. A expectativa é que o projeto seja concluído em maio de 2024. O uso da bactéria é uma das apostas para controlar as doenças, tanto em nível estadual, quanto nacional.

Em 2023, Minas Gerais já está entre os Estados com mais casos. Em relação à dengue, Minas lidera em números absolutos. São 131.032 infecções prováveis registradas no Ministério da Saúde até o momento, atualizado na tarde desta segunda-feira (27). Em seguida, aparecem na lista São Paulo (86.665) e Espírito Santo (4.858).

Já no recorde de número de infectados a cada 100 mil habitantes, Minas Gerais aparece em terceiro lugar no ranking dos estados:

- Espírito Santo: 1.182,5 casos prováveis a cada 100 mil habitantes


- Mato Grosso do Sul: 594,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes

- Minas Gerais 559,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes


Na prática, a biofábrica vai produzir mosquitos portadores da bactéria Wolbachia que, quando presente nos insetos, impedem o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela nos mosquitos.

A ideia do projeto é que esses mosquitos sejam soltos no meio ambiente, se reproduzam os com Aedes aegypti locais gerando novos insetos portadores da Wolbachia, reduzindo o número de casos das doenças com o decorrer do tempo.


“Esse ano deve ser último ano em Minas Gerais com incidência elevada da dengue e sem uma arma potente para enfrentamento. A biofábrica vai fazer a população de mosquito não transmitir mais os vírus da dengue, zika, chikungunya”, declarou o governador Romeu Zema (Novo).

“O ciclo de alta dessas doenças acontece a cada três ou quatro anos. O último foi em 2019. No próximo, já vai estaremos com a biofábrica a pleno vapor com os mosquitos soltos. Além disto, os Institutos Butantan e FioCruz estão preparando a vacina, que poderá ser ministrada nos próximos anos”, completou.

O secretário estadual de Saúde, Fábio Bacherretti, explica que os casos registrados no Espírito Santo e na Bahia estão influenciando os dados em Minas Gerais neste ano.

“O vírus da dengue é geográfico. O mosquito precisa pegar um doente para infectar outra pessoa. Como o vírus começou a circular no sul da Bahia, que é próximo ao norte de Minas, ele entrou aqui. Como o Espírito Santo também tem muitos casos e nossa população é maior, fez com que Minas tivesse mais casos em número absoluto, mas não a cada 100 mil habitantes”, detalhou.

Ainda segundo o secretário, nas próximas semanas o Estado deve receber carregamentos de inseticidas para o combate do Aedes aegypti. A compra do produto por parte do Governo Federal, segundo Baccheretti, teve atrasos devido à pandemia de covid-19.

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