MP investiga 1.463 servidores "sem voto" que só se candidataram para receber licença remunerada
Irregularidades são de campanhas para vereador em 2012
Minas Gerais|Do R7
A Procuradoria Regional Eleitoral em Minas Gerais investiga 1.463 funcionários públicos que teriam concorrido ao cargo de vereador nas eleições em 2012 apenas para receber a licença remunerada de três meses a que têm direito durante a campanha.
Para a PRE, quem gastou menos de R$ 2 mil reais com a candidatura e recebeu menos de 10 votos é investigado pela suspeita de improbidade administrativa.
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O cruzamento de votos e gastos foi feito com base em dados do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que apontaram como suspeitos 795 servidores municipais, 112 estaduais e 13 federais, além de 543 que sequer declararam onde trabalham. Todos tentavam se eleger vereador. Entre eles, 379 não receberam nem o próprio voto. Outros 181 só foram lembrados uma vez cada nas runas.
O procurador regional eleitoral Patrick Salgado Martins aponta os indícios de fraude para receber a licença remunerada, o que configura enriquecimento ilícito.
— Se, ao final das investigações, ficar comprovado que tais servidores inscreveram-se como candidatos apenas para usufruir o afastamento remunerado de três meses a que fazem jus por força de lei, sem que tenham feito qualquer campanha eleitoral efetiva em prol de sua candidatura, eles poderão responder por ato de improbidade administrativa.
Em Belo Horizonte e Uberlândia, quatro pessoas são investigadas. Em cidades menores a suspeita é mais forte. São 18 casos em São Romão, 13 em Pintópolis, 11 em Indaiabira, 10 em Cachoeira do Pajeú e outras 10 em Setubinha.
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