PF interdita extração ilegal de quartzito em Gouveia (MG)
Investigações revelam que marmorarias faziam extração do mineral de maneira irregular, causando grandes danos ambientais
Minas Gerais|Ricardo Vasconcelos, da Record TV Minas
Uma operação conjunta da PF (Polícia Federal) e ANM (Agência Nacional de Meio Ambiente), nesta quinta-feira (9), interditou as marmorarias que fazem a extração irregular de quartzito em Gouveia, no Vale do Jequitinhonha, a 259 km de Belo Horizonte.
De acordo com a PF, o alvo da operação foram as marmorarias responsáveis pela lapidação/exploração dos recursos minerais, causando grandes danos ambientais. As empresas foram autuadas e vão responder criminalmente conforme o artigo 55 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que determina:
"Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida". A pena
é de seis meses a um ano de prisão, além do pagamento de multa.
Quartzo
No último dia 2, uma ação da Polícia Militar terminou com a apreensão de aproximadamente 100 kg de quartzo, em Curvelo, na região Central de Minas, a 165 km da capital. O material era transportado em quatro veículos abordados pelos policiais, na LMG-754, no KM-10. Oito pessoas que estavam nos veículos foram conduzidas para a sede da PF em Belo Horizonte, onde foram ouvidas e liberadas.
O quartzo, assim como o quartzito, é muito usado na indústria da construção civil, principalmente, com a fabricação de bancadas de cozinha e banheiro. A grande diferença entre os minerais é que o quartzito tem maior durabilidade e menos porosidade do que o quartzo. Ambos, porém, são mais resistentes do que outros produtos mais populares, como o granito. Daí a grande demanda pela rocha, principalmente, em acabamentos de luxo.