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Presidente da Codemig defende que privatização é importante para pagamento da dívida com a União

Thiago Toscano ainda falou sobre os inquéritos que avaliam possíveis irregularidades na exploração de nióbio em MG 

Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Thiago Toscano, acredita que a privatização da companhia é um passo importante para que o estado consiga pagar a dívida com a União.

“As pessoas sempre perguntam ‘se uma empresa dá lucro, por que privatizar?, eu normalmente respondo ‘se ela dá lucro, porque precisa do estado participar?’. Acho que essa é uma questão ideológica. No caso da Codemig, o interessante da privatização, como o deputado falou na reportagem - “porque não privatizar e pagar a dívida com a União” - esse é justamente o caminho que nós queremos seguir”, explicou durante participação no quadro MGR na Política, da Record TV Minas, na noite desta quinta-feira (09).

O presidente ainda explicou o estado negocia há algum tempo para que, dentro do Regime de Recuperação Fiscal, possa ser feito o alongamento da dívida por cerca de 12 anos. Segundo Toscano, no entanto, mesmo com esse alongamento, o estado ainda precisaria de um valor que corresponde exatamente ao que acreditam ser a avaliação da Codemig. 

Ainda segundo Toscano, só no ano passado, a Companhia teve um prejuízo de R$200 milhões. “São recursos públicos que a população não vê e que estão sendo perdidos, porque o estado aplica mal. A gente acredita que na mão do privado, possa funcionar de uma melhor forma”, ressaltou. 


Extração de nióbio

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) firmaram, em 1972, um contrato referente a extração de nióbio da Mina de Araxá, a 367 km de Belo Horizonte. No acordo, ambas as partes teriam direito a mesma qualidade de material extraído.


No entanto, em 2020, o Ministério Público Federal começou a investigar a CBMM por uso de relatórios falsos para ocultar a quantidade real extraída das minas e fazer menos repasses ao Estado. Nesta semana, uma outra investigação, iniciada pelo Ministério Público do Estado, que já durava 10 anos, foi encerrada. Os procuradores entenderam que o contrato entre a CBMM e o Governo de Minas é válido e que não houve prejuízo aos cofres públicos.

Questionado sobre os inquéritos que ainda estão abertos, o presidente respondeu que “Uma consultoria especializada avaliou que nos últimos 50 anos, a CBMM tirou a mesma quantidade de minério das duas minas, ou seja, não teve nenhum dano. Se o MPE avaliou os últimos 50 anos e chegou à conclusão de que a mina foi lavrada igual, logo não houve fraude nos relatórios”, alegou Toscano. 

O presidente ainda ressaltou a importância da extração de nióbio para a economia. O metal possibilita que o aço ganhe maior resistência e é usado em baterias de carro elétrico, acelerador de partículas na Suíça e em equipamentos de ressonância magnética.

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