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Promotores pedem multa de R$ 155 bi por tragédia em Mariana

Justiça realizou nesta terça-feira (13) reunião de conciliação entre empresas e MPF

Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

Nada foi decidido em relação à construção de novo dique de contenção
Nada foi decidido em relação à construção de novo dique de contenção

Na primeira audiência de conciliação no processo que apura a responsabilidade pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região central de Minas, o Ministério Público Federal (MPF) pediu às empresas responsáveis o pagamento de uma multa de R$155 bilhões. Na sessão, que aconteceu nesta terça-feira (13), a promotoria cobrou, ainda, fiscalização independente nas ações da mineradora Samarco e maior participação das comunidades afetadas no processo.

Um dos pontos centrais discutidos na audiência foi a proximidade do período chuvoso e os possíveis riscos de uma nova tragédia. As empresas envolvidas no caso apresentaram como solução a construção de um novo dique, chamado S4. Porém, para o MPF, esse não é o melhor caminho a ser seguido no momento. De acordo com o procurador de Justiça José Adércio Leite Sampaio, mais estudos devem ser realizados sobre o assunto.

— Nós não temos nenhuma informação técnica suficiente, que nos diga que, de fato, que esta é a alternativa.

Os quatro procuradores federais processam o Estado de Minas Gerais, a União e as empresas Samarco, Vale e BHP Billing por causa do desastre ambiental, ocorrido em novembro do ano passado. Eles pedem R$155 bilhões em multas. A primeira audiência de conciliação teve, aproximadamente, três horas de duração.


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Um dos pedidos feitos pelos moradores atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão é o asfaltamento de uma estrada que liga o município de Barra Longa à Ponte Nova, na Zona da Mata mineira. O pedido analisado pela Samarco. O representante dos atingidos Lávio Freitas diz que o trabalho vai melhorar a acessibilidade para os moradores.


— Eu acho que é obrigação deles, pois não tem plano de alternativa de tirar o povo, caso não tenha asfalto.

Ao final da audiência ficou definido que serão realizadas três perícias: a primeira para avaliar os danos da tragédia; a segunda para verificar se as ações que estão sendo feitas estão de acordo e a terceira para avaliar a situação socioeconômica.Na sessão, também ficou acertada a realização de 11 audiências públicas em diferentes localidades ao longo do Rio Doce até o dia 16 de dezembro deste ano.


Um possível acordo, segundo o MP, só será firmado após a realização de todas as audiências.

— Essas comunidades não podem ficar alheias ao processo de negociação.

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