Terminou na manhã deste domingo (7) uma rebelião iniciada no último sábado (6) no Presídio de Governador Valadares, na região leste de Minas Gerais. Até o momento, a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social) confirmou a morte de dois presos e informou que outros dez detentos estão feridos, sendo dois em estado grave. Ainda conforme a Seds, por volta de 6h30 deste domingo alguns dos rebelados começaram a se render e a situação foi controlada. Já por volta de 8h30, o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, e o subsecretário de Administração Prisional, Antônio de Padova Marchi Júnior, foram para Governador Valadares.Leia mais notícias no R7 MG De acordo com um levantamento realizado pelo órgão, algumas celas tiveram portas danificadas, mas não houve nenhum dano na estrutura do presídio. Conforme o secretário, uma reforma na instituição deve ser realizada a partir dos próximos dias. Até a tarde deste domingo, 600 presos haviam sido transferidos para outras unidades prisionais do Estado. Entretanto, a Seds não informou o local exato para onde foram levados. A rebelião teve início justamente por causa da superlotação do presídio de Governador Valadares, cuja capacidade é para 290 detentos, mas abrigava 800 pessoas.Entenda o caso A rebelião no presídio de Governador Valadares teve início na manhã de sábado nos blocos B e D, onde presos quebraram as grades das celas, colocaram fogo em colchões e fizeram alguns reféns. Já durante a tarde, detentos rebelados "atiraram do telhado da unidade cinco detentos que estavam em área de isolamento", sendo que eles foram socorridos e encaminhados a hospitais da cidade. O juiz de Execuções Penais de Governador Valadares, Tiago Counagno Cabral, esteve no presídio na tarde de sábado para avaliar as condições da unidade e negociar o fim do motim. Além disso, militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), do GIR (Grupo de Intervenção Rápida) de Manhuaçu e de Teófilo Otoni e policiais do Batalhão de Choque foram deslocados para o presídio para negociar com os presos. Nenhum militar ou agente prisional ficou ferido durante o motim.