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Reunião tenta por fim à crise entre Ministério Público e Polícia de Minas

Desavença surgiu a partir da prisão de 57 policiais em operação do MP

Minas Gerais|Maria Clara Prates, do R7


Delegacia de Uberlândia foi alvo de busca e apreensão
Delegacia de Uberlândia foi alvo de busca e apreensão

Para tentar por fim à crise entre Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil, chefes das instituições e representantes de classe assentaram à mesa para acertar arestas e impedir que forças-tarefas para investigações sejam prejudicadas no estado. A disputa entre as duas instituições teve início no último 19, quando uma operação do Gaeco (o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) de Uberlândia, no Triângulo mineiro, prendeu 57 policiais civis, dez deles delegados, suspeitos de integrar organização criminosa especializada em crimes como tráfico de drogas, extorsão, roubo de cigarros, entre outros.

Nesta sexta-feira (29), o procurador-geral de Justiça de Minas, Sérgio Tonet, se reuniu com o chefe de Polícia Civil, João Otacílio Silva Neto, com o corregedor-geral da corporação, Gustavo Adélio Lara Ferreira, além do o presidente do Sindicato da Polícia Civil (Sindipol), Denilson Martins, e com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais (Sindepominas), Marco Antônio de Paula. A reunião acontece por iniciativa do Ministério Público que levantou a bandeira branca, depois que policiais civis anunciaram que deixariam as investigações em conjunto com o MP.

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Para desencadear a Operação Fênix, que é um desdobramento de três anteriores realizadas na região do Triângulo, o Ministério Público contou com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal em Minas) e ainda da Polícia Militar, Apesar do envolvimento dos policiais civis, a corregedoria do órgão não foi chamada para acompanhar o trabalho e para ter informação sobre os procedimentos foi obrigada a solicitar acesso ao processo em tramitação no fórum de Uberlândia. Ainda assim, delegados com cargo de chefia foram exonerados de suas funções no dia seguinte à prisão e substitutos nomeados.

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Arestas

Mesmo preocupado em acertar as arestas, o procurador-geral Tonet reafirmou sua total confiança no trabalho dos promotores de Justiça do Gaeco de Uberlândia assim como na Polícia Civil. Desta forma, defendeu a importância do relacionamento harmônico entre as duas instituições fundamentais para o sistema de segurança pública, visando obter melhores resultados na proteção da sociedade.

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A Polícia Civil também reafirmou, por meio de nota, que não “irá tolerar qualquer tipo de comportamento indevido, irregular, ou prática delituosa por parte de seus servidores.” Disse ainda, que sempre que necessário “ha uma firme atuação da Corregedoria Geral de Polícia Civil, com punições rígidas”. No entanto, ressaltou que vai zelar para que as apurações das condutas dois policiais civis sejam feitas dentro da lei, sem “abusos ou qualquer tipo de medida que desrespeite o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal”.

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Números

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Para a Operação Fênix foram expedidos 200 mandados de prisão preventiva contra 136 pessoas(alguns investigados há registro de mais de um mandado), 121 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva, em 12 cidades de Minas: Uberlândia, Uberaba, Araguari, Patos de Minas, Patrocínio, Monte Alegre de Minas, Passos, Pouso Alegre, Araxá e Belo Horizonte, além de Cascavel (PR) e Cuiabá (MT).

Dos 10 delegados presos, três eram chefes de departamento e uma delegada regional. Além deles foram presos dois escrivães, 45 investigadores e sete advogados. As Delegacias Regionais de Polícia Civil de Uberlândia (MG) e Araguari (MG) foram objeto de buscas, que contaram com o apoio da Receita Estadual de Minas Gerais. Participaram da operação sete promotores de Justiça, três auditores da Receita Estadual, 500 policiais militares e 150 policiais rodoviários federais, tendo sido utilizadas duas aeronaves e 150 viaturas.

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