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Sandália de juta com repelente pode proteger contra Aedes aegypti, diz pesquisa da UFMG

Pesquisador aguarda a aprovação da patente; com ela, a sandália pode estar disponível para o público-geral em breve

Minas Gerais|Do R7

Sandália usa repelente específico
Sandália usa repelente específico Sandália usa repelente específico

Um biólogo da Universidade Federal de Minas Gerais adaptou uma inovação desenvolvida na Tanzânia para a realidade brasileira. Tales Batista Ribeiro desenvolveu uma sandália confeccionada em juta (o mesmo usado em sacos de batata) com ação repelente contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. A sandália pode proteger, não apenas quem está usando o calçado, mas também pessoas próximas.

O pesquisador aguarda a aprovação da patente; com ela, a sandália pode estar disponível para o público-geral em breve. Na Tanzânia, a juta já é muito utilizada em roupas, uma vez que é um tecido barato, fácil de encontrar e fácil de manusear. Além disso, o material consegue absorver o repelente e liberá-lo aos poucos. 

Para avaliar o efeito da substância - um tipo de inseticida que não pode ser mencionado em razão do sigilo do trabalho-, o pesquisador realizou testes em laboratório e no chamado semicampo, que se aproxima de uma situação real, mas tem algumas condições controladas, como temperatura e umidade.

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Os mosquitos foram soltos dentro de uma estufa de tela, com voluntários que usavam protótipos dos calçados com diferentes concentrações do repelente. O produto demonstrou potencial de ação como repelente espacial, capaz de criar um ambiente livre de insetos ao repeli-lo. 

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Os insetos usados nos experimentos são criados em laboratório. Com isso, é possível ter certeza da idade do mosquito, do estágio fisiológico dele e, o mais importante, a garantia de que não esteja com um vírus que vá transmitir uma doença.

O trabalho foi realizado durante seu mestrado no Programa de Pós-graduação em Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e orientado pelo professor Álvaro Eiras. A pesquisa contou com financiamento da Usaid, agência de fomento dos Estados Unidos, e do Ifakara Health Institute (IHI), da Tanzânia.

Agora no doutorado, Ribeiro dá continuidade à pesquisa das sandálias repelentes contra o Aedes aegypti com financiamento da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep).

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