Minas Gerais TCU dá aval para privatização da CBTU Minas, responsável pelo metrô de BH

TCU dá aval para privatização da CBTU Minas, responsável pelo metrô de BH

Expectativa do governo é leiloar a empresa ainda em novembro deste ano

Agência Estado
Metrô da cidade deve ser ampliado

Metrô da cidade deve ser ampliado

Everaldo Vilela/Divulgação

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval nesta quarta-feira, 24, à desestatização da praça mineira da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a CBTU Minas. Com o sinal verde da Corte, o governo pretende divulgar o edital em setembro e realizar o leilão em novembro.

Como mostrou o Broadcast, a venda deve concretizar a próxima privatização tocada pelo Ministério da Economia em 2022.

O governo Bolsonaro corre contra o tempo para concluir no último ano de mandato promessas de desestatização, após vender a Eletrobras e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa).

A privatização da CBTU Minas prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões. O andamento do projeto está atrelado à cisão da CBTU Minas da CBTU Brasil, estatal que administra praças de trens de passageiros também em outros Estados.

Assim que o certame for realizado, quem arrematar o ativo passará a ser o novo acionista controlador do negócio em Belo Horizonte, responsável por operar as linhas 1 e 2 do metrô da cidade.

A previsão é de que haja uma modernização completa da Linha 1 - 28,1 quilômetros de extensão e 19 estações para passageiros -, hoje operante, e sua expansão até a futura estação Nova Eldorado.

A construção da Linha 2, que ligará os bairros Calafate e Barreiro - 10,5 km de expansão e 7 novas estações - também ficará a cargo do vencedor do leilão.

Dos R$ 3,8 bilhões previstos, R$ 2,8 bilhões foram provisionados com recursos da União, mais de R$ 400 milhões são provenientes do Estado de Minas, e o restante será desembolsado pelo parceiro privado.

O caso foi relatado no TCU pelo ministro Vital do Rêgo. Em julho, o ministro chegou a enviar uma série de questionamentos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao governo sobre a venda, apesar de, na ocasião, já haver um relatório da unidade técnica da Corte apontando não haver problemas que desaconselhassem o prosseguimento da desestatização.

Com os esclarecimentos enviados ao TCU e incorporados em um novo documento da área técnica, a Corte pode julgar o caso nesta quarta, permitindo que o governo dê andamento ao leilão.

Em seu voto, Vital do Rêgo determinou que o BNDES faça alguns ajustes no projeto, relativos a precificação de investimentos e de revisão de estudos jurídicos. Segundo apurou o Broadcast, contudo, essas alterações sugeridas pela área técnica do TCU já foram endereçadas dentro do governo.

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