Minas Gerais TJ mantém suspeito de agredir a ex-namorada expulso de universidade

TJ mantém suspeito de agredir a ex-namorada expulso de universidade

Estudante acionou a Justiça para tentar reverter o desligamento na PUC Minas, ocorrido após investigação sobre a agressão

  • Minas Gerais | Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas e Maria Luiza Reis*, do R7

José Carneiro foi preso e liberado após pagar fiança

José Carneiro foi preso e liberado após pagar fiança

Reprodução / Record TV Minas

O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) manteve o universitário suspeito de agredir a ex-namorada em Belo Horizonte expulso da universidade particular onde cursava medicina.

José Flávio Carneiro recorreu ao Tribunal após a Justiça de primeira instância também manter a expulsão ocorrida em 2021.

Os desembargadores, no entanto, não viram validade nos argumentos apresentados pela defesa. O relator do caso, o desembargador Fernando Caldeira Brant, avaliou que a PUC Minas adotou as medidas padrões no processo de expulsão, com abertura de procedimento administrativo e possibilidade de resposta do acusado. A defesa pedia a rematrícula do universitário até o fim das análises.

O advogado Fernando Magalhães, que defende Carneiro, informou que não pode comentar sobre o caso, mas afirmou que a decisão cabe recurso. A reportagem procurou a PUC Minas e aguarda retorno.

Relembre o caso

Em setembro de 2021, a também estudante de medicina Gabriela Duarte, de 22 anos, denunciou ter sido agredida pelo ex-namorado, na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A jovem relatou que foi atacada após questioná-lo sobre um outro relacionamento que ele estaria mantendo.

A imagens feitas por Gabriela mostravam hematomas no rosto e um sangramento em sua orelha. De acordo com o boletim de ocorrência, a universitária foi socorrida por vizinhos que ouviram seus gritos e ameaçaram a invadir o imóvel. 

Carneiro foi detido em flagrante por lesão corporal e liberado após pagamento de fiança. Na época, a Justiça determinou que o estudante fosse monitorado por tornozeleira eletrônica e que ele não pudesse se aproximar a menos de 500 metros de Gabriela ou que tentasse fazer contato com a jovem por redes sociais.

Após o caso se tornar público, outras mulheres também relataram terem sido agredidas pelo investigado.

* Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento

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