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Vale tem 17 estruturas sem garantia de estabilidade em Minas Gerais

Mineradora não conseguiu a renovação da licença de diques e barragens junto à Agência Nacional de Mineração; 80 estruturas foram renovadas

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com Enzo Menezes, da Record TV Minas

Ao todo, 17 estruturas da Vale não tem estabilidade garantida
Ao todo, 17 estruturas da Vale não tem estabilidade garantida

A Vale não renovou a declaração de estabilidade de oito estruturas em Minas Gerais. Com isso, já são 17 as barragens ou diques que não tem a segurança garantida pela empresa.

O prazo para renovação das DCEs (Declaração de Condição de Estabilidade) junto à ANM (Agência Nacional de Mineração) terminou neste domingo (31). Sem o documento, as estruturas correm risco de serem interditadas pelo órgão.

A Vale informou, em nota, que as estruturas construídas a montante e cujos níveis de emergência já tinha sido elevados para dois ou três não tiveram suas DCEs renovadas. São elas: barragem Sul Superior, barragens B3/B4, barragem Vargem Grande, barragens Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo. 

Além destas, a mineradora responsável pelo rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro deste ano, também não atestou a estabilidade de outras dez estruturas, entre diques e barragens. São elas: Dique Auxiliar da Barragem 5, da Mina de Águas Claras; Dique B e barragem Capitão do Mato, da mina de Capitão do Mato; barragem Maravilhas II, do complexo de Vargem Grande; dique Taquaras, da mina de Mar Azul; barragem Marés II, do complexo de Fábrica; barragem Campo Grande, da mina de Alegria; barragem Doutor, da mina de Timbopeba; Dique 02 do sistema de barragens de Pontal, do complexo de Itabira; Barragem VI, da mina do Córrego de Feijão


Segundo a empresa, elas tiveram nível de emergência elevado para 1, o que ainda não requer a evacuação das pessoas que vivem nas Zonas de Autossalvamento, áreas próximas das barragens e que são atingidas mais rapidamente, em caso de eventual rompimento. A evacuação é requisitada a partir do nível de alerta 2. 

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De acordo com a Vale, "auditores externos reavaliaram todos os dados disponíveis das estruturas e novas interpretações foram consideradas em suas análises para determinação dos fatores de segurança, com a adoção de novos modelos constitutivos e parâmetros de resistência mais conservadores." 

A mineradora disse estar seguindo as orientações do poder público, em espacial da ANM e "já está planejando medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança destas estruturas".


"A perda das DCEs das estruturas mencionadas acima não agrava seu fator de segurança. A Vale reitera que sua prioridade é com a segurança de todas as suas estruturas e, consequentemente, da população e trabalhadores a jusante. A produção dessas localidades somente será retomada quando a segurança das estruturas estiver assegurada", diz a Vale em nota. 

Conforme a empresa, foram renovadas outras 80 declarações de estabilidade. 

Confira as barragens da Vale que não possuem declaração de estabilidade:

1) barragem Sul Superior (mina de Gongo Soco), em Barão de Cocais;

2) barragens B3/B4 (mina de Mar Azul), em Nova Lima;

3) barragem Vargem Grande (Complexo de Vargem Grande), em Nova Lima: 

4) barragem Forquilha I (complexo de Fábrica), em Ouro Preto;

5) barragem Forquilha II (complexo de Fábrica), em Ouro Preto: 

6) barragem Forquilha III (complexo de Fábrica), em Ouro Preto;

7) barragem Grupo (complexo de Fábrica), em Ouro Preto;

8) dique auxiliar da barragem 5 (mina de Águas Claras), em Nova Lima;

9) dique B (mina de Capitão do Mato), em Nova Lima;

10) barragem Capitão do Mato (mina de Capitão do Mato), em Nova Lima;

11) barragem Maravilhas II (complexo de Vargem Grande), em Nova Lima;

12) dique Taquaras (mina de Mar Azul), em Nova Lima;

13) barragem Marés II (complexo de Fábrica), em Ouro Preto;

14) barragem Campo Grande (mina de Alegria), em Mariana;

15) barragem Doutor (mina de Timbopeba), em Ouro Preto;

16) dique 02 do sistema de barragens de Pontal (complexo de Itabira), em Itabira; 17) barragem VI (mina do Córrego de Feijão), em Brumadinho; 

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