Vacina tem relação com morte por infarto de menino de Jaú-SP?

A morte de Samuel Veríssimo, um jovem de 13 anos no último domingo (19) na cidade de Jaú, no interior de São Paulo, vítima de um infarto, causou uma onda de boatos envolvendo a vacina contra a Covid-19.

A notícia foi veiculada na última segunda (20) pela página “Atenção Jaú & Região” no Facebook. A partir disso, surgiram diversas publicações no Telegram e no Twitter alegando que a causa do óbito de Samuel teria relação com o fato dele ter sido vacinado dias antes.

Segundo dados da Prefeitura de Jaú, que disponibilizou em seu site a lista nominal de todas as pessoas que se vacinaram na cidade, Samuel de fato recebeu a 1.ª dose do imunizante da Pfizer no dia 25 de agosto, mais de três semanas antes do óbito.

A Secretaria de Saúde de Jahu revelou através de nota que abriu um "inquérito epidemiológico" para averiguar a morte do jovem e nega que há uma relação do óbito com a aplicação do imunizante:

“Foi descoberto que o garoto sofria, desde a infância, de outros problemas de saúde(...) Não existe, no momento, relação aparente entre a vacina e o óbito.”, revela a pasta. Além disso, a documentação do caso foi repassada ao Ministério da Saúde.

Segundo dados colhidos no DataSUS, portal de transparência do Sistema Único de Saúde, em 2019, o Brasil registrou mais de 95 mil mortes em decorrência de infarto agudo do miocardio. 

No entanto, o índice de morte entre crianças de 0 a 14 anos é baixa. Foram apenas 18 registros de mortes entre pessoas desta faixa etária naquele ano. 

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