5 carros independentes que fizeram sucesso no passado
Sem grandes grupos industriais, marcas como Puma, Gurgel, MP Lafer e Brasinca fizeram sucesso por aqui
Hoje é comemorado o Dia da Independência, feriado nacional que embora tenha em seu histórico uma forte carga política que permanece até hoje, nos leva a pensar sobre o signifcado da palavra. Sabemos que no mundo dos automóveis, poucas são as marcas “independentes”, mas ao logno da história vimos nascer e morrer iniciativas de empresários visionários que não tinham vínculo direto com uma grande marca internacional. Assim, são carros marcantes que fizerma sucesso comercial e valem ser lembrados. O R7-Autos Carros traz 5 carros independentes de marcas com esse perfil e que já fizeram sucesso no Brasil de anos anteriores. Vamos relembrar:
Brasinca Uirapuru
A marca brasileira Brasinca sempre esteve vinculada ao setor automotivo. Fabricou carrocerias para caminhões, máquinas e automóveis. Em 1965 a marca lançou o Uirapuru, um esportivo com motor seis cilindros Chevrolet com estrutura em aço sem chassi, do tipo monobloco, com 155cv e 32kgfm de torque.
Mesmo com estilo discutível, tinha interior bem requintado mas patinava um pouco no controle do veículo que apesar de tudo era bem rápido. Custava três vezes o valor de um Fusca na época e saiu de linha pouco tempo depois com cerca de 77 unidades fabricadas.
Miura Saga
Embora a Miura tenha feito ao todo 15 modelos, vamos focar naquele que teve maior êxito comercial, o esportivo Saga. A Miura era uma marca gaúcha de carros fundada em 1976. Em 184 chegava ao mercado o Saga, um carro que tinha mecânica Volkswagen 1,8 litro AP com computador de bordo, farois escamoteáveis, televisão e uma aerodinâmica moderna para a época.
Apesar da forte crise econômica e inflação na época o Miura Saga se tornou um carro de desejo na metade dos anos 1980. O Saga teve uma segunda versão após 1988 e ao todo a marca produziu 3.500 unidades encerrando sua trajetória em 1992.
MP Lafer
Um esportivo ao estilo dos carros anos 1930 que tinha preço elevado e fez sucesso mesmo assim. A história da MP Lafer do Brasil começou em 1972 com a ideia de se fazer uma réplica do Roadster MG TD dos anos 1950. O MP Lafer surgiu dois anos depois. Tinha chassi e motor Volkswagen do Fusca com 1500cc e 52cv.
Leve e com carroceria de fibra de vidro, tinha detalhes cromados de perfil clássico, painel revestido em madeira, relógio e instrumentação completa além de volante Panther que era uma sensação nos anos 1970. Mas os altos custos de produção tornaram inviável sua continuidade e após 4.300 unidades produzidas a empresa encerrou a fabricação do carro em 1990.
Gurgel BR 800
A Gurgel foi sem dúvida a marca mais icônica entre as nacionais. A história começa em 1969 e vai até 1996. Entre os inúmeros modelos dos mais de 40 mil carros feitos pela marca, um dos mais icônicos era o BR 800. Feito para ser um carro popular para brasileiros. Era um subcompacto lançado em 1988 com motor Boxer de dois cilindros refrigerado a ar com 36cv e 6,6kgfm de torque.
Foi baseado em modelos populares como o Fusca, Uno e o Citroën 2CV e nos primeiros anos deu certo. Foram mais de 7100 unidades produzidas. No entanto, a Gurgel sofreu pressão de outras montadoras e não conseguiu se habilitar em programas de financiamento para carros populares da época. Sua produção foi interrompida em 1991.
Puma GT
A Puma foi outra marca bem sucedida de esportivos compactos que durou longos anos. Começou em 1963 e se estendeu até os anos 1960. Seu carro mais icônico foi o Puma GT que começou com mecânica três cilindros DKW em 1967 e seguiu com mecânica Volkswagen até os anos 1980.
O esportivo de fibra de vidro com linhas curvas fez muito sucesso no Brasil desde a primeira versão. Seu motor inicial era um três cilindros com 981cc depois substituído pelo 1500 de 60cv. O Puma GT evoluiu com o tempo e se transformou em GTE e GTS mas mantendo sempre seu DNA. Foi produzido até 1985 quando seus ativos passaram para outra empresa, a Araucária Veículos, que seguiu produzindo a Puma até os anos 1990.
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