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Anfavea alerta para queda na produção de veículos mas se diz "otimista" com 2023

Mesmo com alta sazonal de 5% nas vendas em janeiro sobre o mesmo período de 2022, entidade afirma que há indícios de desaceleração na indústria automobilística

Autos Carros|Marcos Camargo Jr e Marcos Camargo Jr.

A Anfavea, associação nacional dos fabricantes de veículos, divulgou um dado preocupante sobre o mercado automotivo nesta terça-feira, 07 de fevereiro. Embora a produção tenha crescido 5% em janeiro deste ano com 152,7 mil unidades fabricadas no país ao longo do mês passado, o recuo ficou em 20% sobre dezembro de 2022. As vendas no mesmo período caíram 34,1%. Trata-se do pior resultado comparado desde 2015.

O presidente da entidade Marcio Leite disse que os números devem ser comemorados pela alta mas que os juros em patamar elevado bem como a inflação no mercado que supera outros segmentos tem afastado o consumidor das concessionárias. “Ainda há falta de semicondutores, mas acreditamos que no segundo semestre a balança vá se equilibrar e assim teremos um crescimento moderado para este ano", diz o executivo. Segundo Leite pouco mais de 250 mil unidades tiveram a produção prejudicada por atraso ou mesmo falta de peças.

Produção cresceu 5,4% em 2022 ainda muito prejudicada pela falta de peças
Produção cresceu 5,4% em 2022 ainda muito prejudicada pela falta de peças Produção cresceu 5,4% em 2022 ainda muito prejudicada pela falta de peças

Ao longo do ano passado a produção de veículos cresceu 5,4% com 2,7 milhões de unidades fabricadas no país. Segundo a Anfavea, este volume se deve muito à falta de peças, especialmente semicondutores, que prejudicaram a produção de automóveis onde ainda se verifica filas de espera para diversos modelos.

Reforma tributária pode ajudar

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Impostos representam cerca de 40% sobre o preço de um automóvel no Brasil
Impostos representam cerca de 40% sobre o preço de um automóvel no Brasil Impostos representam cerca de 40% sobre o preço de um automóvel no Brasil

Segundo Marcio Leite, a discussão sobre uma reforma tributária precisa avançar para que o automóvel tenha preço mais acessível para o consumidor. Do total das vendas, 70% são feitas à vista uma vez que o crédito tem ficado escasso e caro com taxa Selic mantida em 13,75% ao ano. Segundo Leite "há um cenário mundial de pressão inflacionária e o cenário não é de baixa de juros num patamar desejável no mundo e no Brasil”.

Impostos como o IPI chegam a representar 25% sobre o preço de um veículo novo. O IOF por exemplo, incide sobre toda e qualquer operação financeira na cadeia produtiva. A Anfavea disse já ter conversado com o presidente Lula que se mostrou favorável a discutir soluções para diminuir os entraves dos impostos e melhorar o nível de empregabilidade do setor.

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