A Chevrolet fez mudanças importantes no seu SUV mais tradicional do mercado, a Trailblazer. Oferecido na versão topo de linha Premier ela teve visual aprimorado em 2020 e ganhou importantes alterações internas. Forte e econômica só peca em alguns detalhes que seus concorrentes já trazem. Assim o R7-Autos Carros avaliou a Trailblazer Premier por uma semana provando as qualidades e limitações do utilitário esportivo que já custa salgados R$ 308 mil. E vale a pena?TRAILBLAZER 2021: pontos positivos e negativos e uma análise sincera! Vale a pena por R$ 308 mil? Veja o vídeo!Solução tradicional Sem dúvida para quem demanda um carro robusto com tração 4x4 a Trailblazer traz uma receita tradicional. O motor 2.8 turbodiesel tem 200cv e 51kgfm de torque de rendimento invejável. Rápido em altas rotações e forte nas saídas é mais que o suficiente para os 2.160kg da Trailblazer equipada com chassi tradicional e calçada com rodas e pneus aro 18 com novo desenho. Com câmbio de seis marchas e controle de tração que inclui opção da primeira reduzida tem a valentia esperada e silêncio para rodagem não estrada. O consumo surpreendeu com 10km/l na cidade e 16km/l na estrada sendo de longe o modelo mais econômico do mercado. Em vias sem pavimento ou trechos de terra e lama a Trailblazer passa sem dificuldade e com conforto acima da média para um veículo desse porte. Só para citar entre as mudanças da linha atual estão os novos alerta e frenagem automática, grade preta com emblema da GM deslocado para a esquerda, novo desenho das rodas, nova turbina (a mesma da Colorado norteamericana) e multimídia MyLink.Espaço interno Com sete lugares a Trailblazer aproveita ao máximo os 4,88m de comprimento e 2,83m de entre-eixos. A terceira fileira de bancos acomoda de forma razoável dois adultos e pode ser acionada apenas com uma trava superior no encosto do segundo banco que se dobra facilmente para facilitar o acesso. Há saídas de ar condicionado na parte superior do carro para todos os ocupantes. A GM só fica devendo pontos de carga USB oferecendo apenas um posicionado dentro do console central. Com os sete bancos a Trailblazer tem somente 210 litros de porta malas porém com a última fileira recuada há 586 litros. Como bom SUV raiz não há fechamento e abertura elétricos desse compartimento.Conexão a mais e alguns poréns Em termos de tecnologia a Trailblazer inovou com a adoção da multimídia MyLink de alta resolução, sistema de concierge OnStar e Wi-Fi nativo a bordo que permite conectar até sete dispositivos. Difícil será carregar todos eles já que há somente um ponto USB. A câmera de alta resolução permite manobras mais precisas e aí começam os deslizes (não do carro, mas da proposta). Em um veiculo tão grande nota-se a ausência de uma câmera ou mesmo sensores dianteiros de estacionamento. Itens como retrovisores elétricos rebatíveis ou ainda com efeito tilt-down que permite ver o meio fio ajudariam e muito a condução da Trailblazer em percursos urbanos e manobras em vagas reduzidas. Também não há teto solar e o conjunto do cluster com tela parcial em TFT já merecia uma solução mais moderna bem como os mostradores 100% analógicos.Vale a pena? Talvez a GM esteja mesmo alinhada ao perfil conservador dos compradores da Trailblazer dispostos a pagar R$ 308 mil pelo SUV. Com 9 anos sob a mesma plataforma, o veículo deve receber uma nova geração só em 2023 que será fabricada no Brasil. Mas diante dos concorrentes com projetos mais modernos vide Toyota Hilux SW4 e Mitsubishi Pajero Sport a Trailblazer é certamente um projeto antigo. Mas tem virtudes como a fabricação nacional e manutenção mais barata que seus rivais.