A BYD lançou recentemente o Song Pro para reforçar sua ofensiva de SUVs híbridos plugin e agora tem um produto abaixo da linha dos R$ 200 mil. O Song Pro está à venda em duas versões: GL por R$ 189.800 e a GS por R$ 199.800. Os preços valem para as primeiras 3.000 unidades e são, na prática, mais baixos que todos os SUVs médios topo de linha vendidos no Brasil.Se por um lado o Song Pro parece o Song Plus que é mais caro, basta analisar mais de perto para ver que se trata de um outro carro. Em relação ao tamanho, o BYD Song Pro tem 4,73 metros de comprimento, 1,86 metro de largura, 1,71 metro de altura e entre-eixos de 2,71 metros. O porta-malas tem bons 520 litros.Visualmente, ele tem uma grade diferente que é menor mas com uma moldura em preto brilhante maior. Os faróis em Led são preenchidos por elementos verticais e horizontais formando três “L” no conjunto ótico. A lateral segue o mesmo padrão já conhecido e na traseira a uma lanterna com nova identidade visual, o novo emblema da marca e também um novo pára-choque com maior preenchimento plástico, diferente do Song plus.Por dentro também se nota a mesma identidade do irmão maior. Os materiais são de boa qualidade, porém abrem mão de alguns detalhes brilhantes presentes no Song Plus.O Song Pro conta com duas telas, sendo uma de 8,8 polegadas para cluster de instrumentos e a multimídia de 12,8 polegadas com sistema giratório já conhecido e espelhamento sem fio para Apple Car Play e Android Auto, sistema de câmeras 360 entre outros elementos.Sob o capô, o BYD Song Pro vem equipado com o sistema DM-i com motor 1.5 litro aspirado de 98 cv com 12,4 kgfm de torque, além de um motor elétrico de 197 cv e 30,6 kgfm de torque. A potência combinada divulgada pela marca chinesa é de 223 cv na versão GL e 235 cv na configuração GS. Inclusive, a bateria é de 12,9 kWh na opção de entrada, fazendo 71 km de autonomia no modo elétrico, e de 18,3 kWh, permitindo rodar até 110 km no modo 100% elétrico. Assim como o King, o Song Pro não conta com teto solar e nem sistema ADAS.Ao longo de uma semana, testamos a versão mais cara do BYD Song Pro. O conjunto mecânico é bastante suficiente e ao mesmo tempo eficiente no consumo. Os 235cv aparecem com poucas reservas ao pisar fundo no acelerador e a transição entre o motor elétrico e a combustão é bem suave. Na prática o motor 1.5 será ouvido apenas quando o motorista pisar fundo Quando o ronco do quatro cilindros será ouvido. Do contrário, na cidade, Mesmo em velocidade média quem dará conta do recado será o motor elétrico.A calibração da suspensão que é do tipo independente na dianteira e também na traseira, mostra que para o Brasil os engenheiros da BYD poderiam pensar algo um pouco mais preciso. Em situações de valeta, buraco e também nos solavancos do dia-a-dia a carroceria parece um pouco solta demais. Isso se deve ao acerto excessivamente confortável dos amortecedores e molas.No entanto, a perspectiva de direção do carro é bem agradável. Outro ponto negativo é a ausência total dos assistentes de segurança. É fácil entender que por questão de preços a BYD tem optado por retirar o pacote ADAS do Song Pro mas bem que ele poderia ter ao menos um um alerta de ponto cego e de frenagem. Estes são itens praticamente de série neste segmento de SUVs médios no país. Em segurança o proprietário terá que se contentar com câmera 360° que são de boa qualidade e sensor dianteiro.Claro que tudo tem seu preço e por menos de R$ 200 mil o consumidor não terá nada tão eficiente por um preço tão baixo. Além de tudo, o Song Pro é de fato um carro familiar bastante confortável e não falta potência pois seus 235cv são bem suficientes. Resta saber se o comprador abre mão facilmente de itens de segurança que já são quase padrão nos concorrentes. Caso não abra mão, terá que partir certamente para o Song Plus já na faixa dos R$ 240 mil.Além de trazer todos os itens da versão GL como multimídia, freio eletrônico e abertura do carro com NFC o BYD Song Pro GS conta com carregador de smartphone por indução, banco do motorista com ajustes elétricos, filtro de partículas no ar-condicionado, bem como bateria de 18,3 kWh, com alcance de até 110 km no modo 100% elétrico.