Uma visita à China de hoje leva a uma conclusão fácil de que a mobilidade e a infraestrutura das cidades avançaram muito nos últimos anos. E na cena urbana, entre as avenidas há um trecho de asfalto segregado da via principal onde milhares de motocicletas elétricas percorrem as ruas.Dados das autoridades de trânsito apontam que há 350 milhões de motos elétricas circulando na China. Ágeis, as motos silenciosas servem como transporte de objetos, de crianças ou no deslocamento entre as cidades. Mas como funcionam estas regras hoje?Na China, o transporte sobre duas rodas sempre foi muito popular. Por um tempo, as bicicletas dominaram a paisagem, mas com o tempo foram substituídas por motos a gasolina de 50cc e, hoje, por modelos elétricos.Porém, há 40 ou 50 anos, as cidades eram bem menores e circular de bicicleta era uma boa solução. Hoje existem áreas de moradia mais distantes do centro, o que leva muitos chineses a usarem esse tipo de moto no dia a dia.Ao andar pelas ruas de Shanghai, Hangzhou e Jiangxin, notamos que quase não há motos a combustão nas avenidas. São raras as superesportivas, as motos custom ou motos urbanas como no Brasil. Assim, as elétricas reinam em todas as faixas etárias e de renda.Na China reinam motos pequenas, mas elas só podem andar a até 25 km/h de velocidade máxima e não devem exceder os 55 kg de peso seco.Todas elas têm placa e registro. Basta comprar uma e registrar-se no site da autoridade de trânsito. Na maioria dos estados o processo é gratuito ou custa algo simbólico, em torno de R$ 15 a R$ 20. A placa pode ser impressa e fixada na parte traseira e há radares para aferir a veracidade da placa, bem como controlar as regras de trânsito.Caso não respeitem as regras de trânsito, são multadas e também podem ser recolhidas. O uso do capacete é opcional e na moto é possível rodar com um carona ou até duas crianças.Todo ano cerca de 40 milhões de bicicletas são produzidas, renovando constantemente a frota de veículos nas cidades. Assim, a mobilidade fica facilitada com modelos baratos e ágeis, além de econômicos do ponto de vista de consumo de energia.