A Stellantis assiste a um movimento de greve que paralisou a produção de picapes da linha RAM nos Estados Unidos. A fábrica de Sterling Heights, no estado do Michigan, fica perto de Detroit e emprega quase 7.000 pessoas. A produção está completamente interrompida. A linha RAM é um dos principais produtos da Stellantis nos Estados Unidos. O movimento grevista iniciado nos primeiros dias de outubro já envolve 40 mil trabalhadores de sete unidades de produção e 38 centros de distribuição no país. A crise profunda causada pela greve já levou a Stellantis a cancelar sua participação na CES 2024 em Las Vegas, no próximo mês de janeiro. A greve é organizada pelo United Auto Workers (UAW), um dos maiores sindicatos dos EUA, que revindica 40% de aumento de salário, com 20% imediatamente e outros 20% de forma escalonada, além de maiores benefícios. A justificativa dos sindicalistas é que, após a pandemia, as montadoras ampliaram seus lucros, mas não promoveram nenhum aumento de salário de seus funcionários. O movimento ganhou ainda mais força quando o presidente Joe Biden se integrou a um grupo de sindicalistas, algo histórico na democracia americana. Segundo o sindicato, a proposta da Stellantis foi a menor em relação à das marcas General Motors e Ford, que também enfrentaram movimentos de greve nas últimas semanas. Agências internacionais afirmam que o aumento de salário negociado chegou a 23%.