A Nissan enfrenta uma crise financeira grave, conforme relatado recentemente pelo Financial Times. Depois de anunciar um corte de 9.000 pessoas, redução de salário e aceleração no desenvolvimento de novos veículos, a empresa volta a dizer que as medidas podem não ter sido eficientes. A Nissan entrou no que chama de “modo de emergência”, adotando medidas drásticas para tentar reverter a situação e garantir sua sobrevivência. Até mesmo novos parceiros e investidores já são cotados pelo mercado financeiro a fim de evitar uma medida mais drástica. O impacto da crise da Nissan ficou evidente após a divulgação de resultados negativos e o anúncio de cortes significativos. Para 2025 a empresa quer reduzir seus custos em nada menos do que R$ 11,18 bilhões (em comparação com o ano fiscal de 2024). O CEO Makoto Uchida confirmou que a empresa planeja reduzir em 20% a capacidade global de produção. Uchida afirmou que até seu próprio salário será cortado bem como haverá uma redução salarial para membros da alta direção, o lançamento de novos modelos será adiado e a Nissan venderá cerca de 10% de suas ações da Mitsubishi.Na matéria recente publicada pelo Financial Times dois executivos que não se identificaram disseram que o grupo “Tem entre 12 e 14 meses para sobreviver”.Outro movimento importante é a mudança no relacionamento com a Renault, que historicamente foi uma parceira da Nissan desde o início dos anos 2000. A Renault controla hoje 40% das ações da Nissan e vem reduzindo sua participação na empresa japonesa. Ao mesmo tempo a Honda começa a se aproximar da Nissan especialmente no co-desenvolvimento de veículos elétricos, ampliando os termos do acordo para outras áreas.Especialistas veem essa aproximação como um interesse da Honda em adquirir a Nissan no futuro ampliando seu alcance em mercados estratégicos.