Na renovação do Peugeot 208 com motorização turbinada, a Stellantis deixou uma ampla gama de modelos para escolha do consumidor. Desde os modelos aspirados passando pelos equipados com motor 1.0 turbo há uma ampla gama de modelos. E a mais cara é justamente a Griffe 1.0 turbo vendida por R$ 114,9 mil. O R7-Autos Carros testou a novidade ao longo de uma semana. Visualmente a versão Griffe se diferencia da Style pelo emblema que ela não tem e pelas rodas aro 16 com acabamento diamantado e pelo teto de vidro que é item de série. Nesta cor azul quasar, apesar dos três anos de mercado, ainda é um carro que chama a atenção. Internamente, o Peugeot 208 Griffe segue atual e incorpora airbags de joelho somando seis bolsas (nas demais versões são 4), painel com efeito 3D que é um diferencial e pacote de segurança que inclui alerta e frenagem autônoma, assistente de permanência em faixa entre outros itens. Também como equipamento de série o Peugeot 208 Griffe tem farois em LED e câmeras com visão 180º que a Peugeot chama de "Visio Park" além de sensor de chuva, nova multimídia de 10 polegadas, acendimento automátio de farois, detector de fadiga e de farol alto automático. Bem equipado, tem também seu melhor motor de toda a gama. O motor 1.0 T200 turboflex com três cilindros tem 125/130cv a 5740rpm e torque de 20,4kgfm de torque a partir das 1750rpm. O câmbio é do tipo automático CVT que simula sete velocidades. No entanto, não traz shift paddles atrás do volante nem oferece esse motor com câmbio manual. A Peugeot havia lembrado que para acomodar o motor turbo (desenvolvido inicialmente pela Fiat) foram feitas alterações em toda a estrutura elétrica, ar condicionado e também na parte de suspensão com curso aprimorado e resposta da direção (elétrica) melhor calibrada.Mas como ele anda na prática? Durante o lançamento das versões turbinadas, os executivos da Stellantis e da Peugeot diziam que o motor turbo "não era o que faltava", mas na prática sim o 208 precisava desse fôlego extra. O motor deu nova vida para o hatch compacto. Tem aceleração impressionante com 0-100km/h na casa dos 9s com capacidade de superar os 200km/h. Entre os hatches brasileiros, é de longe o mais rápido. O motor tem pouca vibração e boa resposta em baixas rotações e o casamento com o motor é muito bom considerando que se trata de um CVT. As curvas são bem digeridas pelo conjunto ao usar pneus de perfil mais baixo e pela proximidade com o solo. Elogios para a multimídia que ficou mais simplificada no uso embora use os mesmos caracteres da Peugeot há vários anos. Foi o primeiro carro da marca que ao ser submetido ao nosso teste manteve o funcionamento da multimídia estável sem travamentos e rapidez nos comandos. Um avanço notável. A ressalva fica para o espaço reduzido no banco traseiro sendo o mais apertado entre os concorrentes e o porta-malas de 311 fica na média dos rivais. Itens como teto solar, painel 3D e a ergonomia do carro no banco dianteiro merecem elogios. Interessante notar que o Peugeot 208 Griffe custa R$ 114,9 mil com todos os itens citados na matéria como equipamento de série. É mais barato que os concorrentes na mesma proposta como Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Volkswagen Polo TSI que custam na faixa de R$ 119,9 mil. Além disso traz as 3 primeiras revisões em um pacote de preço único por R$ 530. Para quem estava pensando em comprar um Peugeot 208 com câmbio automático e motor 1.6 agora terá no novo motor 1.0 um argumento para fazer isso ainda mais rápido.