A Royal Enfield vem crescendo muito no mercado nacional, enquanto a marca inglesa com produção indiana acelerou ainda mais no mercado global. De 300 mil motos produzidas em 2015, em 2024 foram 1 milhão de unidades. Com o DNA vintage e apostando em modelos de perfil mais clássico, a Meteor 350 é um dos produtos de nova geração que tem boa aceitação no Brasil, com mais de 6.000 unidades emplacadas em 2024. Agora, o R7-Autos Carros fez um novo teste com a Meteor para descobrir seus pontos positivos e negativos. Vale lembrar que a Meteor 350 é fruto da nova geração “J” da Royal Enfield, que tem perfis diferentes de produto na faixa de 350 cm³, compartilhando o motor com os modelos Classic, Meteor e Hunter. A Hunter tem preço inicial de R$ 23 mil, podendo chegar a R$ 25 mil, conforme escolha de cor e itens como segundo assento, sissy bar e para-brisa.O estilo clássico é o seu forte como uma custom de entrada. O tanque em gota de 15 litros é o chassi e motor escurecidos dão um ar retrô para a Meteor 350 2025. Duplo amortecimento com robustas peças de 41 mm fazem o papel de amortecer impactos, assim como o duplo amortecimento traseiro. O freio ABS duplo também completa o conjunto. A Hunter 350 é bastante compacta com 2,14 m de comprimento, 1,40 m de entre eixos e 17 cm de altura do solo. O peso seco da Hunter 350 é de 191 kg. O motor é monocilíndrico com 359 cm³, que entrega 20cv e 2,7kgfm de torque combinado com transmissão de cinco velocidades tradicional e acionamento por corrente. A Hunter 350 da Royal Enfield é uma motocicleta para pilotar de modo tranquilo. É confortável, bem construída e bem equipada, saindo da mesmice de outros produtos na mesma faixa de preço porém com motores menores. O conjunto mecânico entrega potência escalonada com ronco fechado e digno de motos maiores. A Hunter não é uma 160, mas é bem fácil de pilotar, de apoiar em um semáforo fechado e boa de visibilidade e posições de pedais mais recuados. O consumo durante uma viagem feita entre São Paulo e Campinas ficou em 25 km/l, o que não é ruim. Na cidade onde rodamos, 300 km ficou em 31 km/l. Ao andar um tempo com a Royal Enfield, notamos que, embora o motor tenha uma entrega adequada, falta uma quinta marcha. Em rotação mais alta, fica evidente a falta de um algo mais. A Meteor 350 também foi feita para andar sem pressa a velocidades de até 105 km/h. Acima dos 110, a Hunter fica bem ruidosa e áspera e o torque já não entrega mais a força esperada. Outro ponto a melhorar é a ausência do tripper, que seria de grande valia para a orientação em viagens. Nesta versão testada, não havia o para-brisa, o que também faz falta nas viagens. O tanque de combustível, que é grande e rende uma boa autonomia de até 450 km, também é impreciso entre o terceiro nível e o segundo, onde facilmente ele mostra a reserva conforme a inclinação da moto. A suspensão traseira tem curso bem curto e também poderia melhorar um pouco, considerando o asfalto do Brasil, bem como a sexta marcha faz muita falta nas aventuras da estrada. Dentro do universo de motos custom, a Royal Enfield Meteor 350 surfa sozinha. Tem custo benefício, foge da mesmice e custa o preço de uma Honda CG ou Yamaha FZ15, que são inferiores em desempenho e nem concorrem diretamente com a Meteor. Suas concorrentes mais próximas seriam a Honda CB250 ou Yamaha Fazer 250, já na faixa dos R$ 30 mil.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp