No início do ano a Chevrolet abriu a pré-venda da nova Montana, que efetivamente estreou em fevereiro já com 10.000 encomendas e emplacou quase 3.000 unidades no último mês de março. O resultado incomodou as rivais Fiat Strada que vai ganhar motor 1.0 turbo em breve e a Fiat Toro, toda poderosa e líder do segmento de modelos compactos sem chassi.TESTE REAL: nova Montana 2023 - desempenho, consumo na cidade e estrada e detalhes da pick-up da GM. Veja o vídeo! Depois de conhecer a nova geração da pick-up versátil da Chevrolet, testamos o consumo rodando na cidade, estrada e diversas situações como o trânsito pesado de São Paulo. No total foram pouco mais de 600km rodados usando gasolina onde o consumo variou bastante. Vale lembrar que a nova Montana vem equipada sempre com motor 1.2 turbo três cilindros Ecotec de 133cv e 21,4kgfm de torque máximo associada ao câmbio automático de seis velocidades. Vale destacar que embora a Montana traga vários elementos do Tracker se nota que a relação de suspensão é bem diferente do Crossover. A aceleração é boa e o nível de ruido menor assim como a vibração do motor tricilíndrico. A relação de trocas de marchas privilegia a tração o que ajuda em situações que a pick-up estiver carregada. No trânsito urbano e pesado da capital paulista em diversas situações, a média de consumo ficou em 11km/l sempre com ar condicionado ligado. Também foi possível testar as habilidades de carga da Montana. Usamos a pick-up para buscar itens que serão usados em uma reforma onde a caçamba e o banco traseiro foram usados em seu volume mas em baixo peso. A caçamba comporta 874 litros de carga ou 600kg, o que não indica um carro feito para andar carregado mas que atende demandas pontuais se necessário. Esse aliás é o foco da Montana. Famílias que buscam um veículo versátil com espaço para os passageiros e para levar itens de maior volume com frequência. Pena que ela repita a simplicidade de acabamento do Tracker e traga algumas falhas de acabamento com rebarbas e plástico duro no revestimento como um todo. Na estrada também testamos a pick-up da GM em trechos pelo interior paulista. O consumo ficou em 14,7km/l mantendo velocidade entre 100 e 120 km/h. Mesmo confortável, se nota o ruído de vento na caçamba e na capota marítima o que é normal em uma utilitária mas um ponto a ser melhorado para um “crossover com caçamba” que é o caso da Montana. Durante esse teste encaramos dois momentos de chuva forte onde a Montana foi testada em sua caçamba melhor vedada contra líquidos. Só houve entrada de água junto a tampa da caçamba em pequena quantidade enquanto os itens posicionados no piso e no Multiboard ficaram secos como se estivessem em um porta-malas. Ao fim do teste de consumo concluímos que a Montana chega a 17km/l em velocidade constante mais baixa (80km/h), 14,7km/l na estrada e 11km/l na cidade. Equipada, a versão Premier que ilustra essa matéria traz multimídia com MyLink e Wi-Fi a bordo, sensor de ponto cego, alerta e frenagem automática entre outros itens da versão mais completa. Pena não ter itens como controle de Cruzeiro adaptativo, acabamento melhor no revestimento de painel e também uma instrumentação mais moderna.POR QUE A FIAT STRADA É O “carro” mais vendido do Brasil? Review com a versão Volcano manual. Veja o vídeo! A versão de R$ 142 mil da Montana parece bem posicionada entregando muito mais do que uma Fiat Strada Ranch na faixa de R$ 137 mil, um bom conjunto de itens de série diante da Renault Oroch de R$ 146,9 mil e de forma indireta bom custo benefício diante da Ford Maverick que é bem mais cara na faixa dos R$ 230 mil. Como opção neste disputado segmento e mesmo repetindo alguns pecados do Tracker, a Montana se destaca em custo benefício e segue como opção das mais vendidas entre as utilitárias versáteis para o dia a dia.