Teste rápido com BYD King: veja pontos positivos e negativos do sedã híbrido
Ao ligar o carro a saída é feita sempre no modo elétrico e o propulsor a gasolina só entra em cena ao acelerar mais fundo

A BYD vem acelerando sobre segmentos estratégicos de mercado e lançou nesta semana o BYD King. O visual tradicional de sedã com três volumes bem definidos e uma motorização híbrida atual a um preço competitivo chamou a atenção dos concorrentes.

Tivemos acesso ao carro que ainda está em processo de homologação no mercado e circulamos em uma pista fechada montada no estacionamento de um shopping na zona norte de São Paulo.

Fizemos o teste com a versão de entrada do sedã híbrido, a GL, que tem motor 1.5 aspirado de 110cv e motor elétrico de 180cv e 32kgfm de torque com potência combinada de 209cv.

Ao ligar o carro a saída é feita sempre no modo elétrico e o propulsor a gasolina só entra em cena ao acelerar mais fundo. O comportamento é bem linear, sem “explosões”, como em um carro elétrico, algo esperado para um sedã médio. A visibilidade a bordo é boa e o acabamento é bom, mas com tom um pouco mais conservador, talvez de olho em sua clientela alvo que passou anos comprando Corolla, Civic ou mesmo Sentra.

A bateria de 8,3kwh roda em torno de 50km sem acionar o modo a combustão, que pode ser selecionado por um botão no console. O ideal é sempre trabalhar de forma combinada para uma boa performance.

Mesmo nessa versão de entrada, o BYD King GL vem com Wi-Fi integrado, sistema de som com seis alto-falantes, sensor de estacionamento frontal e traseiro, câmera com visão de 360º HD, freio de estacionamento eletrônico, entre outros.

Outro ponto interessante nesse curto teste drive está na direção bem calibrada e com diâmetro de giro reduzido, útil em manobras e nas curvas. O painel é bom, com tom das telas um pouco opaco, mas com boa tradução dos instrumentos e comandos mais fáceis.

No entanto, o BYD King GL não traz controle de cruzeiro adaptativo, algo que seus concorrentes trazem de série, especialmente o Corolla.

Seja como for, o teste surpreendeu de forma positiva. Falando nos concorrentes, o BYD King surpreende pelo pacote: 209cv e boa eficiência elétrica para um consumo que fica em torno dos 25km/l ao preço inicial de R$ 175 mil ou R$ 169,8 mil com bônus inicial. É bem mais em conta que o Corolla igualmente equipado por R$ 200 mil e com apenas 122cv quase sem autonomia elétrica ou ainda mais barato que o Honda Civic HEV que custa R$ 100 mil a mais que o BYD King.

Agora a BYD entra em uma seara disputada de sedãs médios que também conta com o Nissan Sentra que não é híbrido, mas custa na prática o mesmo que o King. Assim como fez com os elétricos compactos e os SUVs médios, a BYD avança fortemente no segmento dos eletrificados de olho em compradores que adotam facilmente a tecnologia, mas também em consumidores de perfil conservador e que segue comprando sedãs médios.