A Volkswagen apresentou recentemente a linha 2025 do SUV mais vendido do Brasil, o T-Cross. Ofertado em quatro versões o T-Cross 2025 ganhou um novo visual em três delas (a Sense permanece com estilo antigo) e manteve os conhecidos motores 1.0 200 TSI e 1.4 200 TSI. Testamos ao longo de uma semana a versão intermediária e uma das mais vendidas do crossover: T-Cross Comfortline 200 TSI.Visualmente a Volkswagen seguiu o estilo dos seus modelos já vendidos na Europa. Há uma nova grade e pára-choque em toda a linha com novas lanternas traseiras mas essencialmente o T-Cross não mudou.Nessa versão as rodas são aro 17, há faróis em LED assim como luzes de posição em uma faixa única, estilo seguido em vários veículos da marca incluindo a nova Amarok 2025.Por dentro segue com o mesmo estilo sóbrio. Porém para responder às críticas o painel do T-Cross ganhou um revestimento parcial costurado e também novas molduras em cinza. No entanto, tudo segue como antes com muito plástico duro e nada de superfície macia ao toque a não ser nas forrações de porta que são novas.Nesta versão Comfortline o T-Cross já tem o painel digital, multimídia Volksplay de 10″, ar condicionado digital Climatronic com uma zona e modo automático além de saída para o banco traseiro onde estão 2 pontos USB-C totalizando 4 no veículo.O T-Cross já havia recebido novidades como o volante no novo padrão Volkswagen, bem como o ar Climatronic e por isso não vimos nenhuma mudança agora na reestilização.A alavanca do câmbio é a mesma bem como o acionamento do freio de estacionamento por alavanca, algo que vários concorrentes já abandonaram.A tela Volksplay merece atenção novamente por ser referência em usabilidade. Em no máximo três toques é possível encontrar de tudo; desde a conectividade (sem fio e por aplicativos na loja também disponível), controle de modos de condução e computador de bordo, tudo é bem fácil. A câmera é boa e há sensores dianteiros e traseiros nesta versão.O motor não sofreu alterações. Segue o 200 TSI de 128cv e 20kgfm de torque combinado com câmbio automático de seis marchas. O comportamento do carro segue sem mudanças com seu ponto positivo que é a dirigibilidade e o desempenho que são referência no segmento.A evolução de marchas é boa e a turbina entra em ação relativamente cedo: logo a partir das 1.700rpm. No entanto em algumas retomadas notamos algum tranco no câmbio, algo que resiste ao passar dos anos na linha do T-Cross com motor 1.0 TSI. Ao longo da nossa convivência com o carro por uma semana o consumo registrado foi de 8,2km/l com etanol e com gasolina por volta de 10km/l no último trecho de 100km.O novo acabamento interno do carro contribui para melhorar a vida a bordo. No entanto, segue com uso extensivo de plástico e tem economias desnecessárias como a supressão de um farol auxiliar uma vez que o T-Cross já conta com LEDs nos faróis. Por dentro o T-Cross 2025 Comfortline tem até teto solar e revestimento de teto em tecido preto mas ainda dispensa as alças superiores. Boas soluções como o ajuste dos bancos traseiros permitindo maior ou menor capacidade de porta malas também permanecem.Embora tenha controle de Cruzeiro adaptativo e seis airbags (o T-Cross é cinco estrelas no Latin NCAP) não traz pacote ADAS como frenagem automática, alerta de saída de faixa e um alerta de ponto cego. Quem quiser um pacote completo precisa comprar a versão Highline quase R$ 15 mil mais cara e investir mais em um pacote opcional.A versão avaliada tem adição do teto solar que custa R$ 7.300 e tem acionamento elétrico. Já os bancos em couro também são cobrados à parte por mais R$ 2,9 mil. Com isso a versão de R$ 150,9 mil somando o preço de R$ 171,8 mil. Diante de sua própria evolução o T-Cross sem dúvida melhorou pontualmente. Porém diante de concorrentes ele fica caro somando alguns opcionais desejáveis.