Apesar da vontade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de priorizar o pacote de corte de gastos até o fim do ano, a avaliação de líderes da Câmara e do Senado ouvidos pelo blog é que há “pouco tempo para muita coisa”.O Congresso Nacional só funcionará por mais três semanas, antes do recesso de final de ano. Nesse período, os parlamentares ainda precisam votar pautas “inadiáveis”, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a regulamentação da Reforma Tributária.Outro ponto destacado por líderes é que, apesar da sanção pelo presidente Lula do Projeto de Lei Complementar (PLP) que trata da transparência das emendas parlamentares, o Supremo Tribunal Federal ainda não liberou a execução dos recursos, o que interfere no humor de deputados e senadores para avançar com pautas de interesse do Executivo. Há, porém, expectativa de que a Suprema Corte destrave as emendas nos próximos dias.Parlamentares não descartam a possibilidade de fazer um esforço concentrado para votar tudo, mas alguns reclamam da “correria que vai ser para dar conta de tudo” e defendem que o pacote fique para o ano que vem. A oposição já sinaliza que não há tempo hábil para discutir as medidas a fundo e irá trabalhar para impedir a votação ainda este ano.