O presidente Jair Bolsonaro, em discurso de cerca de 12 minutos na ONU (Organização das Nações Unidas), adotou um tom mais ameno, na comparação com as falas anteriores na Assembleia Geral da ONU. Bolsonaro disse que iria mostrar um país diferente, mas começou lembrando casos de corrupção recentes, em governos do PT, como os desvios de recursos em estatais e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dinheiro do país foi usado em obras no exterior, sem que houvessem garantias para os pagamentos dos empréstimos. Na questão ambiental, o presidente defendeu a nossa legislação e reafirmou o compromisso de zerar o desmatamento, mas evitou fazer confronto com supostos interesses de outros países como em outras ocasiões. Bolsonaro, reafirmou a posição, contra ampliação das demarcações de terra indígenas, uma sinalização à sua base eleitoral. O presidente também fez gestos à família tradicional. O ponto mais polêmico, foi a defesa ao tratamento precoce que, tem ineficácia comprovada e posicionamento contra o passaporte da vacina, adotado em diversos países. A crise institucional com o judiciário não foi citada, o que confirma o tom mais moderado do Presidente que aproveitou o discurso para defender a liberdade. Na área econômica, o presidente, destacou os leilões de concessões e disse que o país é um dos destinos mais seguros para investimentos internacionais. O presidente voltou a defender uma reforma do conselho de segurança da ONU e agradeceu o apoio de 181 países para a vaga rotativa no conselho, o Brasil passa a ocupar a vaga, a partir do ano que vem. O discurso do presidente Bolsonaro na ONU, não trouxe grandes novidades, mas mostra que, o presidente se mostrou mais sóbrio.