O governo vai selar na semana que vem a nova taxa de juros máxima a ser praticada pelos bancos brasileiros na hora de emprestar dinheiro por meio do consignado do INSS — categoria de crédito destinada especialmente a aposentados e beneficiários do instituto. Depois de uma polêmica provocada com a redução dos juros dessa linha de crédito para 1,7% ao mês, os bancos públicos e privados pararam de emprestar dinheiro e travaram o consignado no país. Antes, a taxa era 2,14%; ela caiu para 1,7% ao mês depois de uma decisão do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), órgão presidido pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi. Na ocasião, ele manifestou a importância da mudança para as faixas que recebem menos de dois salários mínimos (R$ 2.604). Agora, os bancos querem entre 1,9% e 2% ao mês. Os integrantes do governo queriam 1,81% ao mês, mas, se assim fosse, apenas as operações da Caixa voltariam a acontecer — vale lembrar que se trata de um banco público. Já existe apalavrado um acordo para um meio-termo entre as partes. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai conversar com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. O encontro consta da agenda dele. O novo patamar dos juros do crédito consignado do INSS será definido em nova reunião do CNPS, na semana que vem, a ser convocada pelo ministro Carlos Lupi.