Os militares ouvidos peloBlog comentaram as reações internas, antes da divulgação de uma nota neste domingo (24) que rebate a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto Barroso. O magistrado afirmou durante entrevista, sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), que “as Forças Armadas estão sendo orientadas para atacar o processo [eleitoral] e tentar desacreditá-lo”. Entre os militares a reação foi "muito negativa", segundo uma fonte da cúpula da instituição. Para os integrantes das Forças Armadas, Barroso fez "acusações sem provas" e quer "tirar o foco no que importa, que são as respostas e as soluções aos questionamentos e sugestões para ampliar a segurança e a transparência do processo eleitoral". Os militares foram convidados pelo próprio TSE a acompanhar os preparativos para as eleições e participar de uma Comissão de Transparência. A equipe de especialistas das Forças Armadas apresentou ao TSE um documento sigiloso com demandas para o aperfeiçoamento da urna eletrônica. Na nota, assinada pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e divulgada no fim da noite deste domingo, a instituição afirma que “repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que as Forças Armadas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”.