Síria: rebeldes encontram três cemitérios clandestinos de Assad
Restos mortais de mais de 150 pessoas já foram encontrados, mas o número pode ser muito maior
Pouco a pouco, os rebeldes que tomaram o poder na Síria vão descobrindo os rastros de terror deixados pela família Assad em mais de 50 anos de um regime opressor e assassino. Hoje, o ex-ditador Bashar e os parentes estão asilados em Moscou, na Rússia, com um patrimônio estimado em R$ 12 bilhões.
Na Síria devastada, os jihadistas começam a libertar os presos políticos em cadeias chamadas de “matadouros humanos”. A cada relatório descoberto, o número de mortos dispara. Em um deles, tinham 400 nomes.
Nas últimas 48 horas, os oposicionistas encontraram três cemitérios clandestinos, dois deles na região de Damasco, capital do país. Um ficava muito próximo ao aeroporto internacional da cidade. Nesse último, aliás, eles já encontraram corpos de 21 pessoas ainda identificadas.
No outro cemitério havia restos mortais de mais de 100 pessoas, mortas em diferentes momentos e circunstâncias. Há relatos de crianças e mulheres entre as vítimas
No último, perto de uma fazenda na zona rural de Daraa, o número de corpos aumentou para 34. Mas as escavações estão apenas no começo.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, essa fazenda onde o cemitério foi encontrado estava sob o controle de uma milícia filiada ao exército de Assad. Os peritos acreditam que corpos de algumas pessoas foram enterrados há mais de dez anos, no começo da guerra civil do país.
A estimativa é que mais de 100 mil pessoas morreram vítimas do terror da família Assad. Mas esse número pode subir a qualquer momento.
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