Na reunião de secretariado desta segunda-feira (20), quando tradicionalmente cada um dos secretários tem rigorosamente 2 minutos para se pronunciar, o ex-ministro e Secretário de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, trouxe o dado que mais agradou ao governador. O PIB do estado registrou um crescimento de 7,1% no segundo trimestre do ano. “Está a 7% acima do nível pré-pandemia”, frisou Meirelles.
“Isso não é golpe de sorte, isso é gestão, é planejamento”, reforçou o governador João Doria, solicitando que o gráfico sobre o dado voltasse a ser exibido para a platéia de cerca de 45 presentes. Apenas dois jornalistas, um do portal r7 e outro da Recordtv, participaram do encontro fechado, como convidados.
Meirelles insistiu na comparação entre o desempenho da economia do estado de São Paulo e a do país. No período, o Brasil registrou PIB de 1,8%. O ex-ministro da Fazenda fez questão de ressaltar que se o desempenho do estado fosse excluído da conta nacional, o resultado do produto interno bruto do país seria muito menor. E chamou a atenção para a alta da inflação, destacando que o dado projeta uma redução das previsões de crescimento para o ano que vem.
Rodrigo Maia, ao lado de João Doria, na sua primeira reunião de secretariado
Christina Lemos/Record TVPela primeira vez, o deputado licenciado e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), participou e discursou na reunião de secretariado do governo de São Paulo. Maia é agora Secretário de Projetos e Ações Estratégicas de Doria, a quem se aliou após o desgaste sofrido com a derrota para a sucessão na presidência da Câmara. O episódio consolidou a posição do democrata de duro opositor a Bolsonaro.
Henrique Meirelles aponta crescimento do PIB de São Paulo em 7,1% no segundo trimestre
Divulgação/Governo SP - 23.09.2020Na reunião, Maia foi breve na apresentação de projetos, os quais começou a acompanhar há pouco tempo e frisou que está “aprendendo com o governador de São Paulo”. Destacou que o governo do estado gerou R$ 59,3 bilhões em benefícios, dos quais R$ 33,1 bi em investimentos e R$ 14,3 bi em desonerações. Indiretamente, admitiu que sua passagem pelo governo de São Paulo será breve, de cerca de 7 meses. “Em abril, eu terei de deixar a secretaria”, declarou. O prazo diz respeito à obrigatoriedade de desincompatibilização para os que pretendem concorrer à eleição.
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